terça-feira, janeiro 31

Sporting campeão?


No post publicado hoje (31 Janeiro 2006), com o titulo "Memórias, nothing more than... ", recebi este comentário/resposta do Francis: "Bolas, tu queres ver que ainda vamos ser campeões ?", referindo-se o Francis ao Sporting. Vou responder-lhe aqui.

Francis, vamos tentar não ir da depressão profunda à euforia generalizada.
Como podes ler aqui http://astrocosmo.blogspot.com/2006/01/scp-2-metade-da-poca-200506-l-vem.html, estava previsto (pelo astrocosmo) este "Boom", mas se continuares a ler, na segunda parte dessa análise, há a referência a nova quebra de finais de Fevereiro a finais de Março.
Portanto, vamos com calma, pois a conjuntura do Koeman há-de melhorar (ainda corre perigo para o jogo de Leiria), e o Adriaanse não é liquido que se mantenha até ao final da época (como se pode ler tambem nessa análise e em outras, nomeadamente na analise publicada em 29 de Agosto para o treinador do FCP).
Se a conjuntura do SCP estivesse "limpinha" até final da temporada, e se jogadores de boa qualidade conjuntural astrologica nao tivessem sido dispensados no defeso de inverno, era capaz de "embarcar" nessa onda optimista.
Como nao é (foi) assim, e existe aquele período complicado (para o Paulo Bento, inclusive) vou manter-me na expectativa que tenho assumido até ao momento, e com a clareza de ideias (presunção e água benta...) que me levou a afirmar que se deu muitos tiros nos pés (as derrotas em casa com o Estrela e fora com o Braga, jogos em que nao tinhamos avançados séniores no banco e em que, no caso do jogo de Braga, fomos derrotados por um jogador dispensado), tiros nos pés esses que impedem a equipa de estar noutra posição classificativa e com outro nivel pontual, que permitiria encarar a quebra de finais de fevereiro a finais de março com uma almofada de segurança.
Por outro lado, e para finalizar, continuo a não conseguir compreender e encaixar a conjuntura do Adriaanse com as conjunturas de boa parte dos jogadores do FCP. Confesso a minha, até aqui, incapacidade de decifrar esse puzzle.
Mas "prontos", tenho dado tudo o que posso e sei, e uma coisa é certa: mantenho-me firme no meu grande objectivo de evitar demagogias a todo o custo, e de não fazer da Astrologia um instrumento de apostas e de mim um Astrólogo com alma de jogador.
Procuro, mais do que credibilidade, atingir fiabilidade, através de uma cada vez maior imparcialidade assente no uso técnico e racional de instrumentos astrológicos puros e lógicos. E isso envolve trabalho, persistência e mente aberta para conseguir progredir mais e mais a cada época que passa. Estou muito longe da perfeição e da infalibilidade, como um aturado escrutinio às minhas análises vos levará a concluír. Mas os resultados da minha época, embora parciais, deixam-me imensamente satisfeito dos progressos que tenho feito e dos resultados concretos que tenho obtido.
Tenho andado a viver um pouco do trabalho efectuado no inicio da temporada (nomeadamente de Julho a Setembro 2005) mas, bolas, saiu-me do corpo, e outras exigências profissionais, de momento, me impedem de produzir mais, nomeadamente na análise detalhada de cada uma das aquisições de inverno dos 3 grandes (excepção feita ao Moreto e ao Romagnoli, que já foram publicadas). Tentarei suprir essa pecha em breve, dentro das minhas limitações de tempo e de capacidade técnico-astrológica.

Memórias, nothing more than...



Publicado a 19 Janeiro 2006

"Moreto: ascensão e queda "

"...Para o que resta de temporada, Moreto mistura, na sua conjutura, os dois extremos já falados. Por um lado, mantem algum potencial de popularidade, que já trazia quando chegou à luz. Mas por outro, há indicadores de algumas desilusões, que não posso deixar de associar a um decréscimo de rendimento e a um potencial para dificuldades fisicas..."

"...Tentando fazer um "timing" destes ultimos 5 meses, pode dizer-se que até meados de Fevereiro podem soar as primeiras sirenes de alarme para Moreto, sob a forma de algumas desilusões e resultados não tão agradáveis como o esperado..."


Publicado a 7 Janeiro 2006

"SCP – 2ª metade da época 2005/06: lá vem a lagartagem! "

"E já cá estamos. Janeiro marca o começo da fase efervescente deste Sporting. De equipa deprimida e acossada pelo grande público, o SCP arrisca-se a tornar-se numa equipa optimista e apaparicada, pelos seus, e pelos outros.

Trata-se de uma fase de sucessos e alegria, em que o espirito de equipa vai regressar em força, assente no sentimento de justiça dentro do balneário e na motivação que as vitórias sempre emprestam. A sorte, tantas vezes madrasta, está do lado da lagartagem, e a popularidade, tão distante na primeira metade da temporada, parece regressar sem se saber de onde vem e para onde tinha ido.

De entre os intervenientes, é justo realçar Paulo Bento e a sua conjuntura astrológica. Está com tudo para consolidar a sua reputação de bom profissional. E este “tudo” inclui a sorte, que não é sorte. É saber estar no lugar certo á hora certa, e tomar as medidas tendentes a consolidar um grupo tão fustigado no passado pela incompreensão e indisciplina. Mas há mais quem mereça destaque."


Publicado a 3 Janeiro 2006

"FCP – 2ª metade da época 2005/06: Bazófias e misérias da grande nação Portista"

"...Adriaanse, pois claro, continua a constituir uma das grandes incógnitas deste Porto. Para a segunda metade de 2005/06 mantem-se como um dos pontos mais fracos dos Portistas mas, por mais incongruente que possa parecer, è uma daquelas apostas que, a manter-se no clube na próxima temporada, se tornará num dos seus pontos fortes. A dificuldade está em conseguir sobreviver às desilusões e derrotas do seu ego no que resta desta época, e conseguir convencer os adeptos do Dragão de que é a pessoa certa no lugar certo, embora o tempo ainda não seja o mais indicado.

O final da temporada, como já repeti noutros posts, traz indicadores de possivel rescisão de contrato e de uma irritação e incontinência verbal assinaláveis por parte de Co. .."

sexta-feira, janeiro 27

Cada bala mata um



Publicado a 25 Agosto 2005

"Pinilla - Liedson - Deivid "

Liedson (17 Dec 1977 )

"...O nível de compromisso com a equipa irá aumentar (algo que Peseiro disse não existir na época transacta da parte do Brasileiro), e isso implica um menor egoísmo, priviligiando mais os resultados colectivos que os individuais.A resolução da sua questão salarial, passando por um aumento que equilibre a balança do peso que oferece á produção da equipa, será um dos factores a ajudar a um maior bem estar de Liedson, encontrando reflexo em aspectos planetários indicadores desse desfecho, nomeadamente de Janeiro a Março. Mais dinheiro. Mais justiça. Mais reconhecimento. Melhor integração. Trigo limpo, farinha amparo. Mais uma volta , mais uma viagem."


Publicado a 18 Novembro 2005

"Renovações em Alvalade "

"Liedson - Não encontrei grandes indicaçoes de saída , mas encontrei algumas de renovação de contrato entre Janeiro e Março 2006, tal como escrevi em 25.08.05 http://astrocosmo.blogspot.com/2005/08/pinilla-liedson-deivid.html. É um jogador de qualidade, e com algo para oferecer no futuro. Tem indicações mais claras de rescisão de contrato no final da próxima época (2007)."

sábado, janeiro 21

PIM PAM PUM


Não tentem isto em casa. Professionals only.

Publicado em 29 de Agosto 2005 (http://astrocosmo.blogspot.com/2005/08/baa-15-oct-1969-ad-gc-80000-am-porto.html)

"Baía (15 Oct 1969 AD GC; 8:00:00 AM; Porto) - Época 2005/06"

"O período áureo da sua carreira prepara-se para partir, mas não fará uma descida sem rede. Confirma a fase dificil da equipa em Novembro/Dezembro e existem indicações de que pode vir a perder a titularidade para Helton na segunda metade da época, por opção técnica e/ou por receber novas propostas do estrangeiro (por volta do mês de Fevereiro). Seja como fôr será uma fase de reorientação na sua carreira profissional. Não confirma (astrológicamente) a subida de rendimento da equipa na segunda metade da temporada, o que deixa pistas quanto á sua permanência na equipa e/ou no onze titular."
Publicado em 29 de Agosto 2005
"Helton (18 May 1978 AD GC) - Época 2005/06"
"...começa a época a necessitar de submeter a individualidade, pelo que não se anteveem grandes vitórias pessoais na primeira metade da temporada, bem pelo contrário, terá de fazer meditação para não deixar que o seu ego se sinta abatido, e confirmando o padrão geral da equipa até Dezembro.
A partir de Jan/Fev 2005 dá-se um “switch” na sua conjuntura, e as possibilidades de lutar pela titularidade aumentam, sendo dos que confirmam a boa segunda metade de temporada do FCP, com especial incidência para Fev/Mar."

quinta-feira, janeiro 19

Moreto: ascensão e queda



Moreto (10 May 1978 AD GC)

Muitas das vezes a vida de um futebolista "casa" os dois extremos de uma conjuntura: por um lado, popularidade e ascensão social e económica; por outro, desilusão e queda abrupta. Na época 2004/05 tivemos oportunidade de assistir a momentos semelhantes. Um jogador como Polga misturou os dois sabores, mas acabou, como é sabido, por caír para o lado mais amargo da realidade profissional e emocional. Tudo o que ficou para trás, e que inclui uma final de uma competição Europeia, foi apagado pelo que de mau conseguiu.

A conjuntura de Moreto tem pouco a ver com a de Polga, desde já o sublinho, e só a trago à colação para consolidar a noção de um mundo que, raramente, é a preto e branco. E daí partimos para a análise à conjuntura do novel Keeper Benfiquista para o que resta da temporada 2005/06.

Como é evidente, o salto profissional e súbito que Moreto deu na escala profissional, algo conseguido em cerca de 6 meses, tem de estar consubstanciado em aspectos astrológicos. O incremento da sua popularidade e da sua conta bancária; a titularidade num dos grandes do futebol luso, quando ainda há poucos meses a esta parte jogava no Felgueiras e era um completo desconhecido no mundo do futebol; e a qualidade do seu rendimento em campo, por todos elogiado e valorizado; tudo isto tem correspondencia clara em diversos aspectos planetários presentes na sua conjuntura astrológica.

Mas o trabalho de um Astrólogo não pode ser o de se deliciar intelectualmente com a beleza da precisão planetária. É frase batida no meio astrológico que "fazer previsões depois de elas acontecerem não é astrologia. É masturbação." E eu não quero transformar o AstroCosmo num blog porno.

Para o que resta de temporada, Moreto mistura, na sua conjutura, os dois extremos já falados. Por um lado, mantem algum potencial de popularidade, que já trazia quando chegou à luz. Mas por outro, há indicadores de algumas desilusões, que não posso deixar de associar a um decréscimo de rendimento e a um potencial para dificuldades fisicas. Estas duas indicações começam a moldar o sentido em que a análise à conjuntura do jogador terá de ser feita. Se mantem a conjuntura positiva, a que podemos dar um numero numa escala de -10 a +10, de +8 valores, mas se a ela acrescenta indicadores que, na mesma escala, apontam para um negativo -5, então teremos de concluír que estamos perante um caso de potencial desvalorização profissional do atleta, o que pode ter efeitos sobre os resultados da equipa, a não ser que outro jogador tome o seu lugar no onze titular ou que, apesar dessa desvalorização, a equipa consiga na mesma os objectivos a que se propôs.

Tentando fazer um "timing" destes ultimos 5 meses, pode dizer-se que até meados de Fevereiro podem soar as primeiras sirenes de alarme para Moreto, sob a forma de algumas desilusões e resultados não tão agradáveis como o esperado. Apesar disso, não será ainda tempo para a manifestação dos indicadores negativamente mais fortes, e de meados de Fevereiro a finais de Março há indicações de uma recuperação do atleta e do seu rendimento. Penso que só a partir de finais de Março a coisa ficará mais preta, com riscos de manifestação rude desses potenciais para derrotas profissionais e desilusão pessoal com associados.

Uma conjuntura deste tipo, que mistura o doce com o amargo na mesma medida, não deve ser encarada como um obstáculo inultrapassável para, por exemplo, uma possivel vitória do SLB no campeonato, ou até para que o atleta se consiga manter á tona de água, apesar de poder sofrer alguns revezes. Mas o que pode, e deve, ser dito é que a análise conjuntural a médio/longo prazo do atleta, digamos a 3 anos, revela uma curva evolutiva descendente da sua conjuntura, o que pode vir a ser mascarado, por vezes, através de picos de forma (picos de forma esses que acontecerão, consubstanciados em períodos temporalmente sustentados por aspectos astrológicos de qualidade incontestável).

O balanço desses 3 anos, feito á posteriori, revelará, para alem de qualquer dúvida, um resultado negativo ou, se quisermos pôr as coisas de outra maneira, uma desvalorização da imagem profissional do atleta, sem que tal possa ser medido enquanto uma queda cataclismica.
Para já, e independentemente do que se passar, Moreto aproveitou da melhor forma o seu bom momento. Financeira e profissionalmente, este é o ponto mais alto da sua carreira, e isso ninguem lho puderá tirar.

segunda-feira, janeiro 16

MO Pr 0º SA



1993. Maio. 19 anos. Agora que o 12º ano lectivo terminara, era tempo de estudar para as provas de acesso ao ensino superior. Primeiro, o bicho papão, a prova de aferição, que para alguem da área de humanisticas-vertente jornalismo/turismo, significava a dura tarefa de penetrar profundamente nos meandros de Kant, Hegel, Kierkegaard, Feuerbach, entre outros. Depois viriam as chamadas provas especificas, com mais uma prova de Filosofia, e uma outra de Português.
Para um aluno que "fechara" a cadeira de Filosofia de 12º com nota de 11 valores, as perspectivas não eram muito animadoras. Embora sempre me tivesse parecido que aquela professora me tinha entalado em algum sitio desde uma resposta torta a que a senhora se habilitara ao desconfiar que este seu aluno estava na posse de cábulas, não era "chavalo" para valer mais do que 14 valores. Mas o meu plano não era um qualquer.
Desde o 10º ano que tinha traçado o caminho de menor esforço para alcançar os bancos de faculdade. Se a fatia decisória com maior peso pertencia às provas de acesso ao ensino superior, iria guardar os meus esforços para essa altura, deixando que os outros se esfalfassem a lamber o rabo a professoras de meia idade à beira da menopausa. Sempre me irritou esta coisa tão Portuguesa de favorecer quem mais nos agrada, mas desde cedo me apercebi que se tratava de uma realidade incontornável. Concentrei-me, então, em limitar-me a ser produtivo, em exames nos quais os alunos não têm rosto, só número. O plano era perfeito, e encaixava que nem uma luva na minha personalidade estudantil e perfil social.
Encerrado em casa durante 15 dias, incontactável e incontactado, o meu cérebro não pensou noutra coisa senão nas diatribes metafisicas daqueles senhores, a maior parte deles Alemães, e gente que, na minha modesta opinião, dispunha de tempo a mais para ócio e "dolce far niente". O mesmo é dizer que levei aquilo muito a sério: depois de 3 anos lectivos a vegetar, era chegado o momento de dar o litro, e eu estava disposto a ir ao limite de concentração, esforço e sacrificio que a tarefa perante mim exigia.
No dia da prova de aferição acordei calmo e, como é normal, com a perfeita noção de não saber ponta de corno daquilo. Levei o manual de Kant, que revi na viagem de autocarro até à secundária da cidade universitária, e quando entrei na escola tive ainda tempo de me dirigir à papelaria para adquirir uma caneta. Durante anos vivi do empréstimo de canetas das colegas de turma mais aplicadas, sempre munidas de estojos fartos das mais variadas tipologias de esferográficas, lapiseiras ou canetas de feltro. Naquele dia não queria falar com ninguem, tal era o nível de concentração em que me encontrava, e preferi uma troca de grunhidos com a funcionária da papelaria, suficientes para levar a cabo o negócio da esferográfica.
A prova começou, e a cada pergunta fui respondendo o mais sucintamente possivel. Tinha impregnado nos meus valores que para cada pergunta só existe uma resposta, o que equivalia a dizer que palha não tinha lugar em nada que eu escrevesse. Mesmo num exame de Filosofia existe uma formula matemática, cujas variáveis devem ser encontradas, decifradas e esmifradas. Ao fim de uma hora de exame já meia sala tinha solicitado uma segunda e até, em alguns casos, uma terceira folha de exame, tal era a voracidade com que as palavras lhes saiam das canetas. Pela minha parte, chegou-me uma folha de exame, da qual faziam parte 4 ou 5 páginas, já não recordo ao certo. Muitas primaveras já lá vão, desde esse fatidico mês de Junho.
Quando terminei o exame, alguns minutos antes da maioria dos presentes, e bem antes de esgotado o tempo limite para a sua realização, saí calmamente e pude então trocar algumas palavras com colegas de turma. Uma, a Patricia, rapariga inteligentissima, com um fraquinho platónico por mim, a outra, a Susana, uma "ganda maluca" que se andava a habilitar a uns amassos nada platónicos já desde há uns tempos. Conversa pra cá, conversa pra lá, a Patricia não desamparava a loja para poder trocar telefones com a maluca, e pior do que isso, ameaçava uma cena de ciúmes mesmo ali no meio do pátio. Pelo que, decidi abandonar os pensamentos pecaminosos que a Susana "lábios grossos" me provocava, e "levei" a conversa para assuntos mais corriqueiros. Como por exemplo...as provas especificas.
Foi ali que tive conhecimento de que o prazo para inscrição nas referidas especificas terminava dali a uns minutos e que, para o acto de inscrição, eram precisos 7 mil escudos. Não só não possuía essa quantia, como não detinha, à data, cartão multibanco ou qualquer outro meio de pagamento. Para alem disso, a viagem da secundária à minha casa de então demorava, no minimo, 30 minutos. Ida e volta, uma hora. Game over. Caput. Finito. Acabou.
Nos dias seguintes tentei resolver a situação com uma ida à escola superior de Educação, em Benfica, mas deparei-me com mais uma daquelas funcionárias públicas (professora, mas que não dá aulas, e ninguem sabe bem o que é que faz para justificar o ordenadox14) na crise da meia idade. A todos os meus avanços para que me facilitasse a possibilidade de participar nas provas especificas respondeu com uma frieza e crueza que ainda hoje guardo no baú dos maiores rancores que alguem como eu pode ter para com outro ser humano.
Os 12 meses seguintes da minha vida viriam a revelar-se vazios e crueis, a juntar ao estado degradante e deprimente do mês trágico. Restava-me esperar pelas provas do ano seguinte, e o calvário foi tão grande ou tão pequeno que não mais esqueci esse malfadado mês de junho. O aspecto astrológico responsável por tamanho cataclismo interior e profissional chama-se MO Pr 0º SA, tem a duração de um mês (renovável a cada 30 anos), e jogadores como Polga, Ricardo e Beto foram as ultimas vitimas conhecidas desse flagelo. Polga em Maio 2005, quando alegou falta de condições psicológicas para jogar na ultima jornada da superliga. Ricardo, em Setembro 2005, quando foi afastado da equipa por falta de condições psicológicas. E Beto, em Janeiro 2006, alegando, tambem ele, falta de condições psicológicas para ser utilizado e que, por isso, pediu a sua não convocatória para o ultimo jogo que o Sporting realizou, no estádio do Restelo, frente ao Belenenses.
Pela parte que me toca, olho para esses tempos idos de 93/94 com amargura e tristeza, não só por me ter esquecido de uma tarefa tão básica quanto é a da inscrição em exames mas, acima de tudo, porque nunca mais pus os olhos em cima daquela gaja. Há comboios que só passam uma vez...
Ah! A nota da prova de aferição saiu em Julho 93, numa altura em que já sabia que não contaria para nada: 19 valores, a melhor nota da escola e, quiçá (deixem-me sonhar), do país. Marquei o golo do ano, mas o jogo não foi gravado. E aquela senhora, que se dizia professora de Filosofia e que, em tempos, havia abandonado a carreira de freira por uma súbita perda de fé, terá sentido a mão de Deus quando seus olhos deitou nas pautas da justiça definitiva.*
*isto estava para saír há muitos anos. Bendita catárse bloguista.

quarta-feira, janeiro 11

Os senhores e os outros



Em Janeiro de 2005, como é do conhecimento de muitos de vós, escrevi para o "Correio da manhã" uma previsão para o Sporting-Benfica da Superliga 2004/05. O tratamento que recebi foi tudo menos respeitoso, começando pelo seu director Octávio Ribeiro, que me ligou e exigiu, na altura, e com maus modos, que fizesse "cortes" no meu texto, rematando a faena com um "é a ultima oportunidade!". Dessa relação profissional só sobrou indiferença, oportunismo e ingratidão: o trabalho demonstrou ter uma qualidade acima da média, mas não se fez constar nessa edição do dito jornal, nem em outra qualquer, do URL do AstroCosmo, unica contrapartida que solicitei (e re-solicitei, por diversas ocasiões, e em tempo útil) pelo meu qualificado e competente oficio. Nem uma palavra de apreço, um agradecimento, um "nós gostámos" ou "não gostámos".
O ser humano, qualquer que ele seja, vive do sonho. Do mais realizável ao mais surreal, é o sonho que nos move, que nos faz acordar de manhã e mexer o rabo. O meu faz parte da categoria dos surreais: analisar astrológicamente conjunturas de profissionais de futebol.
Como uma criança que tem um segredo, desde há vários anos que procurava cochichar às massas esta minha descoberta inverosímel: é possivel antevêr lesões, transferências, produtividade e outros items relacionados com a ligação de atletas e treinadores com clubes de futebol. E ao fim de 3 anos de aturado estudo e pesquisa decidi tomar o passo de oferecer os meus serviços.
Primeiro redigi uma carta, e depois procurei moradas de revistas, jornais, televisões, clubes e agentes de futebol. Corria o ano de 2001, e tornava-se cada vez mais insustentável manter para mim aquele segredo. Tinha que o partilhar, e estas pessoas, quiçá, poderiam ajudar-me a abrir o canal de comunicação. Anos mais tarde descobri a blogosfera, e nela encontrei tudo aquilo de que necessitava para arrotar a minha posta de pescada.
Por diversas ocasiões enviei as minhas propostas para os mais variados orgãos de comunicação social e clubes de futebol. Debalde. Respostas, nem vê-las, mas isso não me impediu de continuar a cruzada, inpirado no obstinado protagonista bibliotecário dos "condenados de Shawshank".
Ao fim de alguns meses, e de muitos selos, envelopes e tinteiros de impressora, recebi, finalmente, as duas primeiras respostas. Uma, do Sport Lisboa e Benfica, assinada pelo punho de António Simões, dizia qualquer coisa como "agradecemos a sua oferta, mas ainda não estamos preparados para enquadrar a análise astrológica no nosso departamento de futebol." O tom irónico e jocoso, e com bastante graça, sublinhe-se, deu azo a muita e boa gargalhada, a mim e aos meus amigos mais próximos a quem mostrei a missiva da luz.
A outra vinha da Revista "Visão", assinada pelo seu director, que explicava ser a revista que dirigia uma revista mais virada para a reportagem do que para a opinião, sustentando ainda que os articulistas eram todos eles "residentes".
Não os incomodei mais, mas ficou um sabor adocicado de reconhecimento aos primeiros que, de modo respeitoso e concrecto, se dignaram a responder a uma ovelha tresmalhada e desconhecida. A assinatura era de Carlos Cáceres Monteiro, e o respeito que a sua morte fez vir ao de cima, das mais variadas personalidades ligadas ao jornalismo, não me surpreendeu. Há pequenas atenções que valem tudo. O legado que Cáceres Monteiro me deixa é esse: a prova viva, até na morte, do que temos de fazer para obtermos o respeito que procuramos. E respeito que não se confunde com medo, idolatria ou qualquer outra patologia moderno/social.
A diferença qualitativa abissal entre publicações como a "Visão" e o "Correio da manhã" só se explica pela diferença qualitativa entre as pessoas que as gerem, e os numeros das tiragens são aqui um factor irrelevante. Basta consultar quais os programas televisivos mais vistos em Portugal para se concluír que, em muitas das vezes, as audiências são inversamente proporcionais à qualidade apresentada. Para quem, vivendo em Portugal, prefere o mérito ao oportunismo e ao sentimento mais baixo, resta acreditar no milagre. A morte de Cáceres Monteiro foi um rude golpe para o exército da qualidade profissional e humana neste país à beira mar afundado.

domingo, janeiro 8

O peso do passado



O Sporting perdeu ontem em Braga, e adiou a retoma que aqui anunciámos no artigo de análise à segunda metade desta temporada. Essa retoma não está em perigo, é minha convicção astrológica, e no jogo de ontem pôde ver-se uma grande atitude de grande parte dos seus jogadores e uma quase reviravolta no resultado que, a acontecer, teria sido espectacular. Mas há erros de gestão neste Sporting que mandaram à rua mais 3 pontos.
Paulo Bento fez tudo bem, ontem. Lançou quem tinha que lançar ao intervalo, teve coragem de apostar nos "putos", manteve a equipa a discutir o resultado até ao fim. Mas não tinha mais ovos para aquela omolete. E a culpa é dele. É culpa dele ter dispensado Pinilla antes de, pelo menos, ter em Alvalade um novo ponta de lança; É culpa dele ter dispensado Wender, ao sabor da opinião de bancada lagarta; É culpa dele ter dispensado Edson, um jogador que decide nas bolas paradas; É culpa dele ostracizar jogadores como Beto; E é culpa dele ter optado por deixar de fora Deivid e Polga num momento em que, depois de se subtraírem dispensados, lesionados e suspensos, o plantel do Sporting tinha menos 6 ou 7 atletas. Sem Deivid e Polga, o numero atirou-se para os 7 ou 8. Quem é que ficou a perder com esta opção? A coragem de Paulo Bento foi necessária devido a circunstâncias provocadas por decisões dele. Más decisões.
Para alem do mais, a acrescentar alguns comentários avulsos, para referir que Custódio está quase a "saír" deste período menos bom que tem atravessado desde há algum tempo a esta parte (mais uma semana ou duas); João Alves tem um Janeiro realmente negativo, mas a partir de Fevereiro temos homem; Tonel é o central do Sporting com a conjntura planetária mais equilibrada para o conjunto da época, de entre os centrais do SCP, mas tem, na fase mais fulgurante da equipa, em Janeiro e Fevereiro, a sua fase menos estável, como se constatou ontem.
Para finalizar, um lamento. Que pena Edson e Pinilla não terem sido dispensados a clubes Portugueses, e assim podermos vê-los em acção todas as semanas...Para que, de vez, os adeptos percebam que a responsabilidade de um jogador não render num determinado clube e fazê-lo noutros não pertence, na totalidade, ao atleta. Há clubes que criam condições para o jogador dar rendimento, internas e externas. Dirigentes, técnicos e adeptos, portanto. Wender, um dos proscritos da massa associativa leonina, "espetou" dois ferros em brasa no leão. Amor com amor se paga. O Sporting de ontem, com ele e Polga a titulares, nao tinha perdido o jogo. Dá que pensar.

sábado, janeiro 7

SCP – 2ª metade da época 2005/06: lá vem a lagartagem!


Vem lá a lagartagem!
E já cá estamos. Janeiro marca o começo da fase efervescente deste Sporting. De equipa deprimida e acossada pelo grande público, o SCP arrisca-se a tornar-se numa equipa optimista e apaparicada, pelos seus, e pelos outros.
Trata-se de uma fase de sucessos e alegria, em que o espirito de equipa vai regressar em força, assente no sentimento de justiça dentro do balneário e na motivação que as vitórias sempre emprestam. A sorte, tantas vezes madrasta, está do lado da lagartagem, e a popularidade, tão distante na primeira metade da temporada, parece regressar sem se saber de onde vem e para onde tinha ido.
De entre os intervenientes, é justo realçar Paulo Bento e a sua conjuntura astrológica. Está com tudo para consolidar a sua reputação de bom profissional. E este “tudo” inclui a sorte, que não é sorte. É saber estar no lugar certo á hora certa, e tomar as medidas tendentes a consolidar um grupo tão fustigado no passado pela incompreensão e indisciplina. Mas há mais quem mereça destaque.
Ricardo está aí para as curvas, e a sua popularidade só pode ir em crescendo. Não admiram os indicadores de possivel saída para o estrangeiro no próximo defeso. Tello tem, finalmente, uma pausa de influências astrológicas débeis, e promete melhorar a sua imagem de futebolista. Tonel confirmará tudo o que se tem dito dele. Abel é reforço, mas Miguel Garcia constitui-se como uma alternativa válida. Beto no banco, ou não convocado, é um activo com uma conjuntura belissima a ser desperdiçada, e deve, por isso, voltar a jogar o mais rapidamente possivel. Caneira e Polga nasceram no mesmo dia, e sem que conheça as suas horas de nascimento, terei que fazer uma análise semelhante para ambos. Estão bem e recomendam-se, embora nem tudo vá correr bem até ao final da época, nomeadamente na fase crítica da equipa nesta segunda metade da temporada. Mas disso falaremos mais adiante.
Custódio está quase pronto para mostrar, novamente, quem é o patrão da equipa; Nani não demorará a fazer mais estragos; João Alves tem uma conjuntura a indicar popularidade a partir de Fevereiro; e até Carlos Martins, com as suas intermitências, vai participar na festa.
Deivid e Liedson são aquilo que têm de ser, bulicosos junto á baliza adversária, e não será por eles que o cantâro se irá partir, ambos com uma conjuntura planetária ambiciosa e conquistadora.
Em suma, há a sublinhar uma mudança positiva de circunstâncias para os lados de Alvalade.
Lá vai a lagartagem!
Mas esta rosa tambem pica. E se de Janeiro a finais de Fevereiro os indicadores são de grande qualidade, de finais de Fevereiro até finais de Março há um switch neste panorama. Regressam, em parte, alguns problemas de balneário, por um lado, e regressam tambem as condições astrológicas para resultados menos positivos, com as consequentes críticas aos jogadores.
Pode comparar-se este período com duas fases traumáticas do passado recente leonino: o final da época passada, com as derrotas ainda na memória de muitos, e o inicio de temporada 2005/06, com a eliminação às mãos da Udinese. Podemos, em balanço, falar desta fase (finais de Fevereiro a finais de Março) como uma de alegria mas sem muito sucesso, ou pelo menos, sem o sucesso desejado. Porque não devemos esquecer a primeira parte desta análise, e os belissimos indicadores mencionados. Há, então, uma mescla de realidades distintas, contrapondo-se umas às outras, daí que se tenha de falar dessa fase como uma de potenciais riscos ou interrupções no belo período que Janeiro trouxe, mas sem que se possa apagar todo o potencial planetário fantástico que se mantem activo nos mapas astrológicos dos integrantes do plantel leonino.
A partir de inicios de Abril o céu clareia, mas resta saber se a equipa ainda estará em condições de discutir o titulo. Se estiver, temos candidato, se não reconfirma-se a frase mais batida do futebol mundial: o campeonato é uma prova de regularidade.
Em termos individuais de destacar, pela negativa, as continuas críticas que a conjuntura astrológica de Polga (e de Caneira, portanto) indicam para alguns períodos da parte final da época, apesar da melhoria de rendimento que a sua conjuntura revela; o potencial para lesões e para algum isolamento de Beto no período crítico; e a reconfirmação do potencial de instabilidade de Carlos Martins, quer a nível de rendimento, quer, sobretudo, no potencial para dificuldades fisicas, no que é acompanhado, neste ultimo caso, por Custódio.
E Romagnoli. O Argentino possui indicadores não muito favoráveis para o que resta desta época, sem que se possa dizer, no entanto, que seja um caso perdido. Por um lado há indicações de potencial para lesões e, por outro, há configurações planetárias a apontar para um rendimento não muito elevado e até para alguns problemas com a autoridade. É verdade que lhe encontro alguns sinais de boa imprensa, e isto tem sempre de ser considerado como um elemento a apontar para um rendimento não muito deficiente. E é verdade tambem que desconheço a hora de nascimento do atleta, o que pode “esconder” aspectações de qualidade superior. Mas do que tenho à minha disposição só consigo vislumbrar, de positivo, a acima mencionada boa imprensa e muitissima ambição, mas nem sempre direcionada da melhor maneira ou com os melhores resultados. Não será tão pouco assim, portanto, mas podia ser melhor.
Para finalizar, uma referência às dispensas efectuadas por Paulo Bento. Como já aqui referi em diversas ocasiões, as conjunturas planetárias de Edson, Pinilla e Wender justificavam mais uma oportunidade neste Sporting de 2006. Não foi esse o entendimento do técnico leonino e, agora, a justeza dessas dispensas será re-analisada no final da presente época. Os resultados obtidos pela equipa ditarão a sentença de polegar levantado ou agachado para este súbito e prematuro (no caso de Edson e Wender, ainda mais) afastamento dos jogadores, mas o seu desempenho nos novos clubes onde irão jogar até Maio terá tambem um peso nesta matéria.
Aguardo com curiosidade a contratação, anunciada pelo Presidente Soares Franco, de um avançado. Se fôr só para encher, porque não ficou Pinilla, que até já estava adaptado ao clube e ao país? Oh well, whatta fuck.


quarta-feira, janeiro 4

Abel (22 Dec 1978 AD GC) – Desvairos, lamúrias e previsões a 80%



O sorriso rasgado, e quase displicente, que mostrou durante a conferência de imprensa da sua apresentação como jogador do Sporting, deixou no ar a possibilidade do jogador estar com a sensação do coiso, de ter atingido o seu Zenith profissional e de, com isso, se sentir resignado. Uma daquelas sensações de satisfação de alguem que sente ter batido no tecto da sua ascensão profissional, os 15 minutos de fama que Wharol celebrizou.

Num ecossistema futebolistico que previligia o imediato, caímos muitas vezes na armadilha de olhar a vida a um prazo de 6 meses, deixando as emoções desvairarem-se a seu bel prazer na corrente da ventânia do agora, esquecendo a insofismável estruturação que só o tempo pode dar, e a útilidade do revolver da terra pela mais invisivel das forças da natureza. Perceberem?

A prática comum entre treinadores de futebol de assistir a jogos e treinos da bancada, que lhes permite visualizar as pedras em movimento e em conjunto como unidade que se procura que sejam, é chuva do mesmo charco de quem pretende encontrar unidade na diversidade do todo.

Então, podemos passar ao que interessa aos leitores, essas amibas imediatistas que poluem o mundo da bola com considerações tão rápidas e resolutas como a Manuela “boca” Guedes no jornal nacional. Sim, vocês são os culpados!

O Abel quer enganar a malta. O rapaz tem mais ambição naquelas veias que 357 galvões, e ele quer tudo menos estagnar. Este moço do norte tem aquilo que é preciso numa conjuntura astrológica (e aqui só falamos de conjuntura astrológica; análise técnico-futebolistica é matéria para outros opinadores) para continuar a subir a escada do estatuto e reputação. Isto tudo durante as próximas duas épocas e meia.

E não é só feito de ambição, o moço. Tem tambem ao seu alcance aquelas oportunidades cósmicas de expansão, brilho, raça e força. No fundo, e depois de uma conclusão deste género, só se pode retirar daqui que o Sporting não exercerá o direito de opção no fim da temporada, porque o Sporting é um género de Real Madrid: consegue escolher sempre, de entre quinhentas e vinte e nove mil, trazentas e cinquenta e sete, a bola da única decisão errada de dentro do saco das probabilidades.

Então, e isso significa que o nosso rapaz não vai ter momentos menos agradáveis profissionalmente nos próximos 2 anos e meio? Pois. Este é o momento em que vamos todos prá bancada, de bejeca na mão direita e de canhota na tomatada, olhar gráficamente para a produção do jogador durante esses 30 meses. Talvez só no fim desse período se consiga perceber melhor estas palavras, o que se aceita, porque só nessa altura se pode fazer um balanço da sua evolução conjuntural. Por entre algumas quedas e trambolhões, convem nunca dar como perdido um atleta com esta espécie conjuntural. Não só porque a sua capacidade de renascimento é elevada, mas ainda pelo imenso jeito que dá ter numa equipa um jogador que tem ambição, ambição e...ambição. No fundo, o tipo conjuntural preferido de Mourinho.

Para já, importa referir que ainda há, por entre picos de popularidade, algumas fases mais dadas ao sofrimento e contestação. O inicio da próxima temporada tem resquicios desse veneno, mas a próxima época não é para aqui chamada. Nesta, reafirmando a conjuntura ascendente a médio/longo prazo, temos algumas críticas (nada de especial, penso eu) por entre boas performances .

E temos uma rescisão no próximo defeso. Dado o contrato que o liga ao Sporting ser de empréstimo, essa rescisão, a acontecer, será com o Braga, detentor do seu passe. Se fica no Sporting ou não, é uma estória que não me diz respeito, tal como não me diz respeito saber se o rapaz vai acabar a jogar no Braga, Porto, Chelsea ou Mondim de Basto, daqui a um ano ou dois.

O que me diz respeito é a conjuntura astrológica, e sem os 20% de dados que a hora de nascimento acrescentariam a esta análise, apraz-me concluír aquilo que comecei com um singelo: tenham paciência com os jogadores, que é nos momentos maus que se conquistam os grandes momentos.

Há clubes por aí a formar jogadores para serem aproveitados por outros. No Sporting isso acontece não só com os jogadores da cantera, mas tambem com as contratações e dispensas que faz, algumas por idiotice dirigente, outras por obscena pressão dos adeptos, essas bestas facinoras que não estão descansadas enquanto não levam um clube à falência e uma equipa à derrota. Sejem bonzinhos prós jegadores. Eles tambem terem sentimentos.

terça-feira, janeiro 3

FCP – 2ª metade da época 2005/06: Bazófias e misérias da grande nação Portista


Depois de uma primeira parte de temporada marcada pela instabilidade e rendimento deficiente de algumas pedras do plantel, o FCP parte para a recta final de 2005/06 com uma melhoria das suas performances, mas com alguns problemas por resolver no seu plantel. Independentemente de saber se isso chega para ser campeão (os concorrentes estão mais fortes, tambem eles), importa traçar, com regra e esquadro, as matrizes dessa melhoria, assim como as dificuldades que se anteveem com base em métodos planetários.

Virtudes e bazófias

Começando pelo sector mais recuado, Ricardo Costa è uma alternativa mais válida do que o foi até aqui; Marek Ceh já merecia outra oportunidade; Pepe consolida o seu rendimento; e até Helton demonstra mais disponibilidade para lutar pela titularidade com Baía.

No meio campo, Lucho Gonzalez vai colocar em prática o potencial que já demonstrou possuir embora, até aqui, de forma intermitente, fruto de aspectos astrológicos um pouco inibidores, o que lhe terá causado alguns dissabores entre Setembro e Dezembro. Agora, que se livrou dessas influências, o melhor Lucho está pronto a mostrar a cara, sem palas na testa; Diego tem o seu período áureo entre Janeiro e Março; Anderson vem trazer mais ambição e rasgo ao jogo da equipa; e Quaresma mantem-se em alta rotação, continuando a proporcionar altos niveis de bazófia aos adeptos Portistas.

Não é segredo para ninguem a minha admiração para com a conjuntura astrológica de Alan na segunda metade desta temporada, e para temporadas vindouras. Se é verdade que possui alguns indicadores para lesões, não o é menos que apresenta uma conjuntura global a apontar para evolução profissional, popularidade e até um novo contrato, no próximo defeso. Recuso-me a acreditar que saia do Dragão no final de temporada: mesmo a viver o seu pior estado de forma dos ultimos 20 anos, Pinto da Costa ainda não atingiu a cegueira total.

O ataque é o maior dos beneficiados com a melhoria conjuntural dos seus integrantes, com especial destaque para Hugo Almeida (finalmente livre de influências astrológicas debilitantes, sobretudo a partir de Fevereiro, está pronto para mostrar, de forma continuada, que se trata de um valor firme do futebol Português) e Bruno Moraes (embora mantendo potencial astrológico para lesões, trata-se de um atleta com indicadores qualitativamente excelentes, quer para a segunda metade desta temporada, quer para a temporada 2006/07).
Quanto a McCarthy, è uma opção válida de Janeiro a Março.


Fraquezas e misérias

Adriaanse, pois claro, continua a constituir uma das grandes incógnitas deste Porto. Para a segunda metade de 2005/06 mantem-se como um dos pontos mais fracos dos Portistas mas, por mais incongruente que possa parecer, è uma daquelas apostas que, a manter-se no clube na próxima temporada, se tornará num dos seus pontos fortes. A dificuldade está em conseguir sobreviver às desilusões e derrotas do seu ego no que resta desta época, e conseguir convencer os adeptos do Dragão de que é a pessoa certa no lugar certo, embora o tempo ainda não seja o mais indicado.

O final da temporada, como já repeti noutros posts, traz indicadores de possivel rescisão de contrato e de uma irritação e incontinência verbal assinaláveis por parte de Co. Se isso pode querer dizer que o Porto não ganha o campeonato? Não sei, senão já tinho ido ali à BetandWin apostar os ultimos cobres que me restam. Mas o que é certo é que a conjuntura de Adriaanse a 2 anos é boa, tem potencial conquistador e, olhando para o panorama conjuntural de boa parte do plantel Portista, fico com a certeza de que este Porto tem pedigree.

Mas está longe de ser perfeito. A começar pelo centro da sua defesa, e em Pedro Emanuel, um dos titulares indiscutiveis desde a derrota com o Benfica. Os indicadores apontam para dificuldades fisicas. Com as lesões como pano de fundo, o que se pensa de imediato é, qual será o seu substituto natural no caso de tal potencial se concretizar? Ou até no caso de, nao se dando nenhuma lesão (o que seria uma grande surpresa para mim), o rendimento do atleta descer consideravelmente? É verdade que há Ricardo Costa, mas se não vier um defesa-direito este continuará, talvez, adaptado. E não podemos esquecer Bruno Alves, com alguns momentos de qualidade para emprestar à equipa nesta recta final de 2005/06, mas apresentando uma conjuntura pejada de indicadores de problemas fisicos e de quedas súbitas de rendimento (tal como Pedro Emanuel, portanto), o que retira fiabilidade a uma defesa que pretende resguardar a baliza do que os Portistas pretendem venha a ser o futuro campeão nacional. É exactamente neste pormenor que reside o grande búsilis do Porto (e o grande potencial do SLB, com uma defesa absolutamente inexpugnável a nível de aspectos astrológicos debilitantes). A restruturação que em Outubro último se aguardava fosse feita em Dezembro no sector mais recuado dos Dragões caiu no esquecimento, para voltar a ser recordada, digo eu, no final desta época: Pedro Emanuel, Pepe e Bruno Alves possuem indicadores astrológicos de potencial rescisão de contratos.

O meio campo apresenta um grande problema para resolver, no caso do potencial astrológico de Paulo Assunção, nesta segunda metade temporada, para problemas fisicos e alguma descida de rendimento, se concretizar. Levando em consideração de que há um FCP antes de Assunção jogar a titular, e um FCP depois de a assumir, podemos estar perante o maior dilema “Adriaansiano” para os primeiros 5 meses de 2006. Com Ibson a demonstrar algumas melhorias em relação ao período Setembro/Dezembro 2005, resta saber se uma possivel mudança de jogadores vai ou não afectar a estrutura de jogo Portista. Mas isso é assunto para Mr. Adriaanse tratar, quiçá com o aconselhamento do rotura.

Não se ficam por aqui os problemas do meio campo Portista. Tambem Diego promete tornar-se um caso mais problemático a partir de Meados de Março/inicios de Abril, partindo para um final de temporada menos exuberante do que, noutros momentos mais felizes, prometeu fazer, e Raúl Meireles apresenta indicadores de alguma instabilidade e nervosismo, potenciadores quer de uma maior rebeldia, quer de novas lesões. Isto, apesar de acabar a época com um indicador de novo contrato, o que se coaduna com um outro indicador a apontar para uma mudança de paragens na sua carreira para a próxima época. Por outro lado, Anderson alinha nas dificuldades sentidas na segunda metade de Março e na primeira metade de Abril, e Jorginho apresenta uma curva descendente no peso que mantinha na equipa Portista, alem do potencial para problemas fisicos que terá durante 2006.

Finalmente, o ataque, com todas as sirenes de emergência apontadas para a fase de McCarthy que começa em Abril (pode começar a sentir-se um pouco antes, quiçá), prolongando-se até final da época, e que não augura um grande momento de produtividade e robustez fisica do atleta. Estamos perante um indicador astrológico parecido com um que Fabiano “sofreu” quando esteve nas Antas, embora talvez não tão duro. Faz sentido ver “nisto” um maior espaço de afirmação para Hugo Almeida e Bruno Moraes?

Em suma, o que se conclui é que o FCP está mais forte, mas parece estar a perder a oportunidade de corrigir defeitos no seu plantel, o que decorre da segurança que sente pela vantagem pontual que neste momento tem para os seus mais directos adversários. O que deve ser dito, sem que se pretendam fazer previsões para jogos especificos (não tenho provas dadas nessa vertente, pelo menos com a consistência desejável) é que as viagens à luz e a Alvalade não se avizinham nada fáceis. Esta é uma análise realizada no inicio do período de transferências. Se alguma nova contratação acontecer, tentarei enquadrá-la no conjunto do plantel Portista.


segunda-feira, janeiro 2

Um a um


Continuamos um país dominado por jagunços e espinhas dobradas quando agentes de autoridade assistem impávidos a linchamentos públicos. Não estamos a falar de uma simples estalada, e sim de um tipico meiinho aciganado, gravado e difundido para meio mundo.

Quem se ri disto não acharia muita piada se estivesse no lugar do tuga abrasileirado. E não me venham com "ele estava a pedi-las" que é a frase-mãe de toda a prepotência. È cobardia reles (descubram de quem); Ganância miserável (do Tuga Abrasileirado); E falta de profissionalismo (da Policia).

Quanto ao Ministerio Publico tem o dever (o que significa que não está na sua discricionariedade optar por isso, ou antes pelo contrario, desde que exista queixa do ofendido, como parece ser o caso) de formalizar uma acusação contra jagunços e mandantes de jagunços, por actos que, mais do que públicos, são "espectaculo" nacional. Para quem não sabe, na génese do estado de direito está a luta contra o conceito de justiça privada, mais conhecido pela expressão "olho por olho, dente por dente".

Toda a gente tem a noção de que a Justiça há muito tempo que falha a manutenção desse estado de direito. Mas, ao menos, que façam por dar a parecer que sim: que não estamos entregue à macacada de seguranças e de frequentadores de ginásios de musculação, pagos a granel para "enxertar" num qualquer que se lembre de nos ofender, ou para intimidar quem não segue a nossa "cartilha".

Porque, se assim fôr, a verdadeira vitima não é o tuga Abrasileirado. Somos nós, aqueles que por Portugal forem ficando. Mais cedo ou mais tarde, seremos nós. Um a um. Até que se perceba que não ter neurónios não pode ser um facto desculpante de estupidez e arrogância prepotente, ostentada com gáudio e orgulho para as cameras de televisão.

Os melhores do ano


Numa iniciativa empreendida pelo BnRB, foram eleitos os melhores blogs de futebol do ano de 2005 em diversas categorias (para consultarem os resultados finais: http://www.bnrb.blogspot.com/)

Nessa eleição participaram como votantes os blogs pertencentes à FBF, e o AstroCosmo não faltou à chamada. Aqui ficam as nossas escolhas, com as devidas saudações a todos os participantes, e com a consideração de que outros protagonistas mereciam, tambem, o nosso voto. Mas como só se podia votar num...

Melhor Blog: Quatro Quatro Dois

Melhor Blogger: Rotura de ligamentos, do blog “Castigo Máximo”

Post do Ano: “G´anda galo”, escrito por Miagia de esforço, no blog “Castigo Máximo”

Layout do Ano: Quatro Quatro Dois

Revelação do Ano: BnR B