De interesse nacional
Num momento em que volta à baila o tema da naturalização de Pepe, o central Portista é alvo de cobiça dos grandes do continente Europeu. Evidentemente, clubes há cuja capacidade de avaliar o potencial dos atletas e de lhes proporcionar condições de desenvolvimento atingem níveis qualitativos a roçar a perfeição. E clubes como o Milan são bons exemplos disso mesmo.
Um atleta com o potencial planetário-conjuntural que Pepe apresenta nas próximas 3 temporadas não pode deixar de conseguir dar o salto para galáxias superiores. A dúvida que resta é se em Portugal existirá a consciência da necessidade de renovar, cíclicamente, determinados postos da equipa de todos nós. Há quem diga que temos boas alternativas para a posição de defesa-central. Mas duas objecções devem ser feitas a esse tipo de conclusão.
A primeira é a de que os dois centrais titulares da selecção, Ricardo Carvalho e Jorge Andrade, não terão épocas futuras "limpas" de dificuldades conjunturais. Tanto um como outro apresentam indicadores de potencial para dificuldades físicas e para alguma queda de rendimento mas, neste ponto, tenho que salientar que é Jorge Andrade o que terá mais dificuldades em manter um rendimento e uma assiduídade que lhe permitam continuar a representar a selecção nacional ao mais alto nível, já que Ricardo Carvalho, apesar das dificuldades apontadas, conseguirá interpolar estas com momentos de popularidade, espírito vencedor e qualidade.
A segunda é a de que, hoje em dia, para vencer, já não basta ter "boas alternativas". É preciso ter as melhores alternativas. As diferenças qualitativas que diferenciam um vencedor de um perdedor são mínimas. Todo o desperdicio será duramente castigado e esperemos não ter que voltar às vitórias morais do passado nem chorar pelos talentos desperdiçados. Pepe não será um naturalizado à pressão. Vive e joga futebol em Portugal desde os 18 anos.
Sem a linha "limpa" de Pepe, e com uma progressão conjuntural menos estendida no tempo e com menos peso, o caso de Bruno Alves, devidamente analisado aqui no AstroCosmo quando ainda era um "dispensável" e perdido caso de insucesso, não deve ser menosprezado ao ponto de o excluír como alternativa pontual em casos de necessidade a um lugar no eixo da defesa Portuguesa.
A conclusão a tirar é a de que não se deve deitar fora o bébé com a água do banho. O interesse nacional acima de tudo.
Etiquetas: Bruno Alves, Pepe
3 Comments:
Parabéns pelo blog!
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Futebol e política num só!
Com actualizações diárias!
já é tuga, já pode bazar.
E em troca vamos pô-lo a trabalhar para nós :)
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