Logros

A derrota do Sporting em Setúbal, em si, e por si, não me surpreende. Apesar da melhoria conjuntural global média dos jogadores de Alvalade, a verdade é que sempre nos deixou de pé atrás a conjuntura de Paulo Bento para boa parte do mês de Fevereiro, e as duas derrotas sofridas foram o preço que a equipa teve de pagar, mantendo-se, apesar de tudo, uma média positiva (em comparação com o que vai de época) com 8 vitórias nos ultimos 10 jogos.

Mas o que não conseguimos perceber, e o que nos frustra, é o que leva a que a conjuntura de Purovic para este mês e boa parte do próximo, com indicadores de melhoria na sua imagem junto da imprensa e dos adeptos, não se tenha ainda consubstanciado em algo de concreto.

É verdade que trabalhamos sem a hora de nascimento e, portanto, estamos à mingua de cerca de 25 a 30 por cento dos dados totais. Mas, e ainda assim, a qualidade dos indicadores planetários que são conhecidos, não podem, por si só, ser apagados de maneira tão absoluta como tem acontecido, a que acresce o facto de, até ao momento, a conjuntura de Purovic ter "reagido" sempre aos sinais conjunturais. Se reage aos indicadores negativos por que razão não há-de reagir aos positivos? E é aqui que o nosso sistema entra em overflow.

Farnerud, outro dos atletas com melhorias assinaláveis para este final de mês e a primeira metade do próximo, já deu um ar da sua graça, apesar da derrota frente ao Setúbal, cotando-se como um dos melhores do Sporting. Mas falta Purovic, que até agora vai sendo a grande pedra do nosso sapato.

Não farei previsões para o derby do próximo sábado pelos motivos já vossos conhecidos: a minha falta de jeito para tal. Mas se a análise conjuntural residir na fase de médio prazo que ambas as equipas atravessam em termos conjunturais, e mantendo o que já aqui ficou dito há vários meses, não tenho dúvidas em atribuír o favoritismo ao Sporting. Sempre com Paulo Bento como senão, é verdade, mas ainda assim, e apesar de tudo.

O regresso de Vukcevic assinala-se como fundamental numa equipa sem soluções ofensivas para o substituir (como o jogo de Setúbal veio provar) e a aposta em Patricio continua a custar pontos a um Sporting que deveria ter percebido, quando permitiu a saída de Ricardo na pré-temporada, o logro em que estava a incorrer.

Para Patrício há boas noticias, e melhoria conjuntural, em Abril/inicios de Maio, mas os pontos perdidos, perdidos estão.