segunda-feira, janeiro 2

Um a um


Continuamos um país dominado por jagunços e espinhas dobradas quando agentes de autoridade assistem impávidos a linchamentos públicos. Não estamos a falar de uma simples estalada, e sim de um tipico meiinho aciganado, gravado e difundido para meio mundo.

Quem se ri disto não acharia muita piada se estivesse no lugar do tuga abrasileirado. E não me venham com "ele estava a pedi-las" que é a frase-mãe de toda a prepotência. È cobardia reles (descubram de quem); Ganância miserável (do Tuga Abrasileirado); E falta de profissionalismo (da Policia).

Quanto ao Ministerio Publico tem o dever (o que significa que não está na sua discricionariedade optar por isso, ou antes pelo contrario, desde que exista queixa do ofendido, como parece ser o caso) de formalizar uma acusação contra jagunços e mandantes de jagunços, por actos que, mais do que públicos, são "espectaculo" nacional. Para quem não sabe, na génese do estado de direito está a luta contra o conceito de justiça privada, mais conhecido pela expressão "olho por olho, dente por dente".

Toda a gente tem a noção de que a Justiça há muito tempo que falha a manutenção desse estado de direito. Mas, ao menos, que façam por dar a parecer que sim: que não estamos entregue à macacada de seguranças e de frequentadores de ginásios de musculação, pagos a granel para "enxertar" num qualquer que se lembre de nos ofender, ou para intimidar quem não segue a nossa "cartilha".

Porque, se assim fôr, a verdadeira vitima não é o tuga Abrasileirado. Somos nós, aqueles que por Portugal forem ficando. Mais cedo ou mais tarde, seremos nós. Um a um. Até que se perceba que não ter neurónios não pode ser um facto desculpante de estupidez e arrogância prepotente, ostentada com gáudio e orgulho para as cameras de televisão.