terça-feira, agosto 5

Contratações 2008/09: Rafael Van Der Vaart


Admito que uma contratação se defina, primordialmente, pelo rendimento dado pelo atleta no primeiro ano de contrato. Não caír nas graças dos adeptos a partir da estreia não pode deixar de constituír um forte obstáculo à afirmação num clube.
Mas na análise conjuntural a uma contratação parto sempre do principio de que uma aquisição é feita para um período mais alargado, normalmente de 3, 4 ou 5 anos. E é nessa medida, e tendo em conta esse período, que a avaliação conjuntural deve ser feita.
Estamos todos recordados de casos como o de Rodrigo Tello, por exemplo, que depois de muitas épocas infrutíferas e improdutivas, acabou por saír de Alvalade com o rótulo do que deve ser uma contratação. Discordo, não respeito e considero um péssimo gestor quem sustentar essa tese. Mas são opiniões, e já diz o velhote do "Opinião publica" da Sic Noticias "todos temos direito a ter uma opinião".
Rafael Van Der Vaart é, até ao momento, a única contratação realizada pelo Real Madrid para 2008/09, e creio estarmos na presença de uma contratação com presente mas, mais importante, com continuídade no futuro.
Encontrei na conjuntura do Holandês potencial para ter, nas próximas quatro/cinco temporadas, um rendimento e uma produtividade mais do que aceitáveis, ainda mais para quem se encontre a jogar num clube que exige vitórias, imprensa amigável, boa relação com os adeptos (final da temporada 2008/09 pode trazer algum tipo de dificuldades neste aspecto) e um renovar de ilusão, ano após ano.
Não está aqui em causa se Van Der Vaart vai, ou não, ser o melhor jogador ou o mais títular ou o mais amado. O que interessa numa análise conjuntural é que esta não seja um obstáculo aos objectivos de um clube e de um grupo e, nesse aspecto, temos uma aquisição que se enquadrará nos objectivos mais elevados de um clube da dimensão do Madrid.
Não devemos esperar que o jogador "dê" tudo o que tem de uma só vez, ou melhor dito, numa só época. Mas podemos aguardar por um jogador que, independentemente de momentos menos bons, terá sempre potencial conjuntural para se reerguer e recompensar quem lhe der novas oportunidades.
Se serviu para algo a época dos "Galácticos" foi para o Real Madrid reaprender a contratar, não hipotecando o futuro com jogadores espremidos. Logo veremos se é capaz de dar tempo de adaptação, acreditando na estabilidade do seu plantel, às escolhas que agora faz.

3 Comments:

Blogger Da Rocha said...

O que se tira destas últimas duas ou três épocas é mesmo isso: o "reaprender a contratar" do Real Madrid.

E não duvido que o nome Cristiano Ronaldo foi apenas fogo-de-artifício para entreter adeptos. Enquanto estes olham para o ar, a apreciar toda a "novela", eles 'ficham' Van der Vaart, que assim chega a Madrid sem grande pressão e quase passa despercebido. Isto é bom para o VdV.

Se bem se lembram, aconteceu o mesmo no ano passado com o "vai/não vai" de Kaká. Enquanto houve novela, o clube foi-se reforçando bem, sem pressas e sem pressão para os contratados.

9:15 da tarde  
Blogger galvao99 said...

Sim, quando nao conseguem o que querem, as coisas até lhes correm bem. Aconteceu com o Barcelona quando "perdeu" Beckam para o real e "teve" de ir buscar Ronaldinho. Há imensos exemplos engraçados como esse que nos dão alguma ideia quanto à maleabilidade do destino em muitos casos.

abraço

7:34 da tarde  
Blogger Unknown said...

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7:27 da manhã  

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