terça-feira, janeiro 3

FCP – 2ª metade da época 2005/06: Bazófias e misérias da grande nação Portista


Depois de uma primeira parte de temporada marcada pela instabilidade e rendimento deficiente de algumas pedras do plantel, o FCP parte para a recta final de 2005/06 com uma melhoria das suas performances, mas com alguns problemas por resolver no seu plantel. Independentemente de saber se isso chega para ser campeão (os concorrentes estão mais fortes, tambem eles), importa traçar, com regra e esquadro, as matrizes dessa melhoria, assim como as dificuldades que se anteveem com base em métodos planetários.

Virtudes e bazófias

Começando pelo sector mais recuado, Ricardo Costa è uma alternativa mais válida do que o foi até aqui; Marek Ceh já merecia outra oportunidade; Pepe consolida o seu rendimento; e até Helton demonstra mais disponibilidade para lutar pela titularidade com Baía.

No meio campo, Lucho Gonzalez vai colocar em prática o potencial que já demonstrou possuir embora, até aqui, de forma intermitente, fruto de aspectos astrológicos um pouco inibidores, o que lhe terá causado alguns dissabores entre Setembro e Dezembro. Agora, que se livrou dessas influências, o melhor Lucho está pronto a mostrar a cara, sem palas na testa; Diego tem o seu período áureo entre Janeiro e Março; Anderson vem trazer mais ambição e rasgo ao jogo da equipa; e Quaresma mantem-se em alta rotação, continuando a proporcionar altos niveis de bazófia aos adeptos Portistas.

Não é segredo para ninguem a minha admiração para com a conjuntura astrológica de Alan na segunda metade desta temporada, e para temporadas vindouras. Se é verdade que possui alguns indicadores para lesões, não o é menos que apresenta uma conjuntura global a apontar para evolução profissional, popularidade e até um novo contrato, no próximo defeso. Recuso-me a acreditar que saia do Dragão no final de temporada: mesmo a viver o seu pior estado de forma dos ultimos 20 anos, Pinto da Costa ainda não atingiu a cegueira total.

O ataque é o maior dos beneficiados com a melhoria conjuntural dos seus integrantes, com especial destaque para Hugo Almeida (finalmente livre de influências astrológicas debilitantes, sobretudo a partir de Fevereiro, está pronto para mostrar, de forma continuada, que se trata de um valor firme do futebol Português) e Bruno Moraes (embora mantendo potencial astrológico para lesões, trata-se de um atleta com indicadores qualitativamente excelentes, quer para a segunda metade desta temporada, quer para a temporada 2006/07).
Quanto a McCarthy, è uma opção válida de Janeiro a Março.


Fraquezas e misérias

Adriaanse, pois claro, continua a constituir uma das grandes incógnitas deste Porto. Para a segunda metade de 2005/06 mantem-se como um dos pontos mais fracos dos Portistas mas, por mais incongruente que possa parecer, è uma daquelas apostas que, a manter-se no clube na próxima temporada, se tornará num dos seus pontos fortes. A dificuldade está em conseguir sobreviver às desilusões e derrotas do seu ego no que resta desta época, e conseguir convencer os adeptos do Dragão de que é a pessoa certa no lugar certo, embora o tempo ainda não seja o mais indicado.

O final da temporada, como já repeti noutros posts, traz indicadores de possivel rescisão de contrato e de uma irritação e incontinência verbal assinaláveis por parte de Co. Se isso pode querer dizer que o Porto não ganha o campeonato? Não sei, senão já tinho ido ali à BetandWin apostar os ultimos cobres que me restam. Mas o que é certo é que a conjuntura de Adriaanse a 2 anos é boa, tem potencial conquistador e, olhando para o panorama conjuntural de boa parte do plantel Portista, fico com a certeza de que este Porto tem pedigree.

Mas está longe de ser perfeito. A começar pelo centro da sua defesa, e em Pedro Emanuel, um dos titulares indiscutiveis desde a derrota com o Benfica. Os indicadores apontam para dificuldades fisicas. Com as lesões como pano de fundo, o que se pensa de imediato é, qual será o seu substituto natural no caso de tal potencial se concretizar? Ou até no caso de, nao se dando nenhuma lesão (o que seria uma grande surpresa para mim), o rendimento do atleta descer consideravelmente? É verdade que há Ricardo Costa, mas se não vier um defesa-direito este continuará, talvez, adaptado. E não podemos esquecer Bruno Alves, com alguns momentos de qualidade para emprestar à equipa nesta recta final de 2005/06, mas apresentando uma conjuntura pejada de indicadores de problemas fisicos e de quedas súbitas de rendimento (tal como Pedro Emanuel, portanto), o que retira fiabilidade a uma defesa que pretende resguardar a baliza do que os Portistas pretendem venha a ser o futuro campeão nacional. É exactamente neste pormenor que reside o grande búsilis do Porto (e o grande potencial do SLB, com uma defesa absolutamente inexpugnável a nível de aspectos astrológicos debilitantes). A restruturação que em Outubro último se aguardava fosse feita em Dezembro no sector mais recuado dos Dragões caiu no esquecimento, para voltar a ser recordada, digo eu, no final desta época: Pedro Emanuel, Pepe e Bruno Alves possuem indicadores astrológicos de potencial rescisão de contratos.

O meio campo apresenta um grande problema para resolver, no caso do potencial astrológico de Paulo Assunção, nesta segunda metade temporada, para problemas fisicos e alguma descida de rendimento, se concretizar. Levando em consideração de que há um FCP antes de Assunção jogar a titular, e um FCP depois de a assumir, podemos estar perante o maior dilema “Adriaansiano” para os primeiros 5 meses de 2006. Com Ibson a demonstrar algumas melhorias em relação ao período Setembro/Dezembro 2005, resta saber se uma possivel mudança de jogadores vai ou não afectar a estrutura de jogo Portista. Mas isso é assunto para Mr. Adriaanse tratar, quiçá com o aconselhamento do rotura.

Não se ficam por aqui os problemas do meio campo Portista. Tambem Diego promete tornar-se um caso mais problemático a partir de Meados de Março/inicios de Abril, partindo para um final de temporada menos exuberante do que, noutros momentos mais felizes, prometeu fazer, e Raúl Meireles apresenta indicadores de alguma instabilidade e nervosismo, potenciadores quer de uma maior rebeldia, quer de novas lesões. Isto, apesar de acabar a época com um indicador de novo contrato, o que se coaduna com um outro indicador a apontar para uma mudança de paragens na sua carreira para a próxima época. Por outro lado, Anderson alinha nas dificuldades sentidas na segunda metade de Março e na primeira metade de Abril, e Jorginho apresenta uma curva descendente no peso que mantinha na equipa Portista, alem do potencial para problemas fisicos que terá durante 2006.

Finalmente, o ataque, com todas as sirenes de emergência apontadas para a fase de McCarthy que começa em Abril (pode começar a sentir-se um pouco antes, quiçá), prolongando-se até final da época, e que não augura um grande momento de produtividade e robustez fisica do atleta. Estamos perante um indicador astrológico parecido com um que Fabiano “sofreu” quando esteve nas Antas, embora talvez não tão duro. Faz sentido ver “nisto” um maior espaço de afirmação para Hugo Almeida e Bruno Moraes?

Em suma, o que se conclui é que o FCP está mais forte, mas parece estar a perder a oportunidade de corrigir defeitos no seu plantel, o que decorre da segurança que sente pela vantagem pontual que neste momento tem para os seus mais directos adversários. O que deve ser dito, sem que se pretendam fazer previsões para jogos especificos (não tenho provas dadas nessa vertente, pelo menos com a consistência desejável) é que as viagens à luz e a Alvalade não se avizinham nada fáceis. Esta é uma análise realizada no inicio do período de transferências. Se alguma nova contratação acontecer, tentarei enquadrá-la no conjunto do plantel Portista.