Guti, El Conquistador

Na antecamara do Euro 2008, as expectativas quanto ao desempenho na competição de algumas selecções do velho continente começam a fazer-nos crescer água na boca.

Um dos países que nos tem vindo habituando a "flops" embaraçosos é a Espanha, sempre candidata a tudo mas, invariavelemente, caíndo com estrondo no momento da verdade.

Falámos já da conjuntura de Fernando Torres no passado mês de Julho 2007, e a ele poderemos juntar outras conjunturas de qualidade para o futuro, como Casillas ou Fabregas. Mas estes não são própriamente novidade para ninguem.

À imagem do que se passou em Portugal aquando do Euro 2004, com o "caso Baía-Scolari", tambem a Espanha vive o seu debate interno em relação à convocatória de um jogador emblemático e que, até aqui, tem sido votado ao ostracismo pelo selecionador espanhol: Raul Gonzalez. Em termos astrológicos existem similitudes entre ambos os casos.

Baía, com o sol em balança, é aquilo que em astrologia se chama de "inferno astrológico" de Scolari, nativo com o sol em Escorpião. Ou seja, o inferno astrológico de um signo será aquele que imediatamente o antecede. O caso de Raúl e Aragonés é bastante semelhante, já que o signo solar de Raúl, caranguejo, antecede o de Aragonés, em Leão.

O efeito para o "infernizado" está bem à vista, com constantes e irritantes ingerências no poder de escolha do selecionador em causa, provocando sérios revezes ao ego do mesmo. Digamos, em suma, que é uma grande merda ter que aturar o nosso inferno astrológico.

Outra coisa bem diferente é analisar a qualidade da "não escolha" de Raul Gonzalez que, me parece, impede uma maior atenção sobre casos mais gritantes de qualidade conjuntural astrológica e que correm o risco de serem deixados de fora da competição em prejuízo da equipa de "nuestros hermanos".

E um desses casos é o de Guti. Ate aqui um jogador extremamente inconstante, Guti apresenta uma conjuntura astrológica para os próximos 12/18 meses que fazem dele uma arma conquistadora de alta precisão, com ambição e potencial vencedor, esses que são, exactamente, os argumentos que faltaram à selecção Espanhola nas ultimas grandes competições internacionais onde claudicou com contudência.

Assim, Guti tem, aos 31/32 anos, a oportunidade de fechar com chave de ouro a sua carreira, modificando a imagem de jogador talentoso mas que nunca se afirmou decisivamente no Real Madrid e na selecção espanhola, assim o ajude Aragonés, convocando-o, a ajudá-lo a si e à selecção que dirige.