sexta-feira, abril 6

O lugar da sequência na determinação dos tempos

À hora de jogo, em Barcelona, o Benfica de Fernando Santos era esmagado pelo Espanhol por três bolas a zero. Hoje, as capas dos jornais desportivos são benevolentes para Fernando Santos e optimistas para com o futuro da equipa na presente edição da taça UEFA. À meia hora de jogo, em Paris, os encarnados venciam o PSG por uma bola a zero. No dia seguinte, Fernando Santos enfrentava um batalhão de críticos, entre jornalistas e adeptos, na mais difícil fase da segunda metade de temporada 2006/07 do treinador Benfiquista.
Os resultados finais dos dois jogos foram distintos? Não: duas derrotas pela margem minima. Mas a sequência do jogo de Barcelona foi decisiva. À hora de jogo a eliminatória estava perdida, e os golos de Nuno e Simão, numa situação psicológicamente muito difícil, "trouxe" o Benfica de volta para a luta pela eliminatória. A benevolência dos críticos advem da coragem perante a adversidade, ao passo que o laxismo de Paris foi motivo do massacre a Fernando Santos e seus pupilos.
O lugar da sequência da estória na determinação da qualidade dos tempos e da própria História tem aqui, nestes dois exemplos, um paradigma a registar. É decisivo o modo como se perde ou ganha; o lugar onde se perde ou ganha; e o momento em que se perde ou ganha. E a imagem final é sempre, sempre, a mais importante.

3 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Tendo a não concordar.

Explico:Não acho que a ordem dos factos, como descrita, tenha essa tão grande determinação ( seja um factor tao responsável ) pela forma como posteriormente esses factos são avaliados.

Agora uma coisa parece certa :
a "realidade" é uma construção do homem que por diversas vezes diverge mesmo partindo de factos idênticos.

Porque é que partindo de acontecimentos/factos iguais a "realididade" (a tal «determinação da qualidade dos tempos») muitas vezes difere !?
A resposta/ a causa, qt a mim, estará nos astros!


Mas não creio que a sequência dos factos tenha grande influencia nessa deternincação.Até pq isso seria qq coisa como confundir o efeito com a causa. não achas ?


J

12:43 da tarde  
Blogger galvao99 said...

Olho para campeonatos passados e vejo Trappatoni massacrado e em risco de demissao toda a temporada no Benfica. Ou Adriaanse, no Porto. E outros casos existem. Reparo na imagem que deles ficou, sobretudo de Trappatoni, considerado uma besta até à ultima jornada desse campeonato, e posteriormente visto como a grande arma benfiquista para alcançar esse título. E realmente tendo a concluír que a maneira como as coisas acabam é decisiva. A imagem que fica no fim é mais importante que a soma de todos os momentos de uma época. Em termos de micro escala, isso pode ser visto em relação a um jogo especifico.

Quanto à responsabilidade que atribuis directamente aos astros, tb nao sei se concordo, porque isso pressuponha que tinhamos encontrado a prova de que são os astros que, magneticamente, "provocam" determinadas predisposiçoes em cada ser vivo. O que acontece é que essa prova nao foi feita por quem de direito (pela ciencia e pelos cientistas). Os motivos para nao o terem tentado está para lá do que é racional, com o preconceito e a defesa de feudos a impedirem um trabalho sério e decisivo.

Mas enquanto nao se realizar esse tipo de estudo, vamos ter de continuar cegos quanto a explicações fisicas. Efeito magnetico ou mera representação de ciclos, de macro cosmo para micro cosmo, em baixo assim como em cima, e todos esses padroes. existe uma grande margem de crescimento da astrologia, mas o preconceito continua a bloquear uma mais rápida aceitação.

3:14 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

análise bastante correta só que havia de terminar com uma pergunta.?porque não ganharam nada ,e afirmavam que iam ser campeões de tudo.E afinal foram postos de fora em todas as frentes.estou certo ou errado?.

3:28 da tarde  

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