sábado, julho 1

Digo-te até amanhã

Um Astrologo aprende muito com um mundial. Aprende, porque a dificuldade é sempre a subir; porque o melhor possivel nunca chega sequer perto do que é necessário para fazer um bom trabalho; porque, no fim de contas, a realidade é bem mais criativa que o Astrologo.
Esta é a minha segunda competição de selecções. A segunda a sério. A primeira foi há dois anos com o Euro-2004. Com esta já percebi a razão do aumento exponencial de dificuldade quando comparada com a análise a um campeonato de futebol, por exemplo, uma típica prova de regularidade. Não que esta seja fácil, nem nada que se pareça. Acontece que numa prova de duração máxima até 4 semanas os períodos temporais entre jogos são mais pequenos, o que, de maneira drástica, aumenta a importância das horas de nascimento: uma pequena diferença de posicionamento planetário pode significar que um determinado aspecto produza efeitos mais cedo ou mais tarde. Logo, um aspecto que se espera que aconteça amanhã, pode só ter efeitos na próxima terça-feira, por exemplo.
Na ressaca do Alemanha-Argentina de hoje outros ensinamentos ficaram. Esperava mais da Argentina, cujo ponto fraco era o seu Guarda-Redes. Quando soube que se lesionara as coisas fizeram sentido. Pensei que, com a sua saída, a Argentina melhoraria as suas possibilidades de vitória no jogo. Assim não sucedeu. Mas há uma estória engraçada por trás do aspecto astrológico que assombrou o dia de Abbondanzieri.
Em Maio de 2004 o Monaco jogava a final da Champions com o nosso FCP. A figura maior dos Franceses era Giuly. Para o dia da final era ele o "indicador" de derrota da sua equipa e, ao mesmo tempo, a equipa Portista não possuía indicadores de derrota claros. Perante isto a tendencia foi considerar o Porto favorito, pois que a maior figura Monegasca não trazia boas cores astrais.
Nesse jogo Giuly lesionou-se quase no seu inicio, e foi do banco que viu os seus serem cilindrados por Deco e companhia. Pensei que desta vez fosse diferente, apesar do indicador planetário do Keeper das pampas ser igual ao de Giuly nessa data. Dei voltas e voltas, jogando com os aspectos planetários de derrota que a equipa Alemã possuía (e possui), mas acabou por saír ao Argentino a sorte grande e a terminação: lesionou-se e a sua equipa perdeu.
Penso que não acabará este mundial (nas meias-finais ou na final) sem que os Panzers sofram com as configurações planetárias que me levaram a crer (embora o não tenha escrito ou dito préviamente ao fim da partida, com os penaltys decisivos) que podia ter perdido o jogo de hoje. Assim como penso que os indicadores de derrota dos Ingleses para o jogo de amanhã superam os dos Portugueses. Porque Neville, Crouch, Erikson, Beckam e Hargreaves não estão ao meu "gosto" conjuntural para amanhã, ao passo que me preocupam Valente e Pauleta nos Portugueses.
Mas isso é hoje. Porque, digo-te, amanhã há um Astrologo que aprende muito com um mundial.