terça-feira, julho 10

Depois não chora

Quando comecei a procurar padrões repetidos nas conjunturas dos diversos integrantes do plantel leonino, 2 ou 3 houve que fugiram por completo ao padrão geral para determinadas fases da temporada. Moutinho e Liedson (este parcialmente) são alguns desses casos. O outro era Ricardo.
A transacção do passe de Ricardo, nesta fase da sua carreira, e por € 3 Milhões de euros, reflecte, sem qualquer sombra para dúvida, a pouca ambição do Sporting. Um clube que não tem a mínima ideia de como se gere um plantel e um balneário. Sem a mínima noção dos custos futuros que uma venda deste género representará para o clube, já para não falar na total ausencia de noção do momento conjuntural do atleta, fustigado durante muito tempo por uma críse de confiança entretanto superada, e bem superada, e a atravessar conjunturalmente um momento excelente.
Um Guarda-Redes títular de uma selecção do nível da de Portugal, no auge da sua carreira (31 anos para um guarda-redes é uma idade extraordinária), não vale € 3 milhões de Euros, e vale bem um esforço salarial.
Se uma equipa alicerça as suas fundações na defesa, este Sporting implode-se com trocas arriscadas como esta, entre Ricardo e Stojkovic, um valor seguro e experiente, numa posição que, mais do que qualquer outra, exige essa experiência, por um valor jovem e com uma conjuntura planetária evolutiva bem aquem da de Ricardo.
Pelo menos quanto a isso ficamos de ganho e as peças conjunturais começam a encaixar: Stojkovic é o guarda-redes certo para confirmar mais uma época díficil para os de Alvalade.
Má sorte, Sporting? Não, decisões destas não têm nada que ver com sorte. Depois não chora.

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