A carreira de um futebolista tem prazo de validade muito curto. Por isso, aqueles 10/12 anos de conjuntura sénior são decisivos para que o rendimento, entrelaçado com as vitórias, possa acontecer.
A vida profissional de Cesc Fabregas, até ao momento, tem sido marcada pelo sucesso. Mas, chegados a este momento, pode concluír-se que, e apesar de ter sido campeão da Europa de selecções no passado verão, esse sucesso não lhe tem tocado tanto quanto poderia.
Assim, o Espanhol continua a jogar numa equipa que, apesar de top, não pertence ao lote restrito das melhores 5 equipas Europeias.
Por outro lado, a sua titularidade na selecção Espanhola sofre de intermitências. Não é um dos imprescindiveis, embora seja convocado, e até vá jogando, com alguma regularidade.
E, finalmente, não é um dos jogadores a lutar pelo título de melhor do mundo. Ou seja, não faz parte desse lote restrito a que neste momento pertencem Cristiano, Messi, Káká ou Ronaldinho.
O embate desta tarde, que opôs Arsenal a Man United representou mais do que isso. Frente a frente estiveram Cristiano Ronaldo, o mais que previsivel bola de ouro 2008, e Cesc Fabregas, a eterna promesa individual de uma equipa que, tambem ela, vai prometendo mais do que cumprindo.
Quanto ao Arsenal ficamos por aqui. Já quanto a Cesc Fabregas fomos tomando nota do interesse que Juventus e Barcelona vão demonstrando na sua aquisição.
Os próximos anos de Fabregas, digamos, aquilo que lhe sobra de carreira ao mais alto nível, estão marcados por uma conjuntura cheia de oportunidades.
Cheia de oportunidades de vencer, de ser reconhecido como um dos melhores do mundo, de alcançar o top do futebol mundial sem qualquer tipo de favor. O facto de se encontrar, antes mesmo de usufruir dessa belissima conjuntura, num lugar de relevo, só provam que estamos na presença de um jogador que vai marcar uma época, quer individual, quer colectivamente.
Quem conseguir a aquisição deste Espanhol fabuloso estará a sustentar numa base sólida as próximas temporadas da equipa.