terça-feira, dezembro 14

Alvalade 21

Vim aqui interromper esta travessia do deserto para dizer qual é a melhor solução para o Sporting Clube de portugal. Sim, sim, eu sei. Pelo menos a parte conjuntural planetária...
Ora vejamos: a melhor solução para um problema decorre, primeiramente, da análise circunstancial em que essa decisão precisa de ser tomada, de quais as variáveis e constantes da equação.
No caso "Sporting", a constante "falência financeira" é, no momento, a que mais pesa e, portanto, qualquer decisão a tomar deve te-la como ponto de partida.
Dizem os Sportinguistas que estamos refens das amarras dos bancos, mas gostaria, respeitosamente, de discordar.
Por um lado, por que quando não existiam amarras foi quando se permitiu construir este pasivo monstruoso (outra questão é saber onde se gastou tanto, dado o quase nulo investimento realizado em activos futebolisticos nas últimas 6/7 temporadas).
Por outro, por que, mal ou bem, foi feito algum investimento nos últimos 12 meses:
a) apostando em atletas das camadas jovens, o que se "paga" com inexperiência e resultados desportivos aquem do potencial futebolistico desses jogadores;
b) construindo uma equipa que, mal ou bem, vai consolidando automatismos;
c) adquirindo o passe de atletas, uns mais jovens que outros, que podem e, na minha perspectiva, vão retribuir o investimento neles feito, uma vez que a evolução conjuntural de boa parte deles revela sentido ascendente.
Ou seja, é um momento de testar convicções, sobretudo os dirigentes que tomaram muitas das decisões, nem sempre negativas, que agora se contestam a torto e a direito (sem que com isto queira dizer que não foram tomadas decisões absolutamente lesivas dos interesses do clube), sendo relevante chamar a atençao de que é importante não deitar fora o bébé com a água do banho.
Esta é a equipa, e estes são os jogadores, que fazem o Sporting do presente e do futuro próximo. E na próxima temporada, com os ajustes imprescindiveis e cirúrgicos, este será outro Sporting, mais forte e de maior potencial vencedor.
Rui Patricio, João Pereira, Evaldo, Pedro Mendes, André Santos, Salomão, Pongolle (sim, Pongolle), Zapater (sim, Zapater), Matias Fernandez, Postiga, Valdes, Liedson (embora com altos e baixos), Maniche (embora com altos e baixos), Carriço (embora com altos e baixos) são uma boa estrutura conjuntural planetária para a temporada 2011/12, embora já durante a presente temporada de 2010/11 possamos vir a ter uma ideia de que há mais valor neste plantel do que, no momento, parece existir.
Um plantel com 21 jogadores de nível conjunturalmente equilibrado (por cima) seria mais do que suficiente para fazer muito melhor do que agora se faz, dignificando este grande clube. É mais importante pensar no que se tem do que sonhar com o que não se pode ter.
Outro assunto são Costinha e Paulo Sérgio, e uma mudança a este nível, de director desportivo e de treinador, não faria mal nenhum ao equilibrio conjuntural da equipa, uma vez que as suas conjunturas não auguram vitórias, bem pelo contrário. Uma mudança a este nível no mercado de inverno seria excelente. Talvez se pudesse, com um ano de atraso, começar a preparar uma época com 6 meses de antecedencia.
Bettencourt tem sido uma desilusão, com decisões absolutamente incriveis que me vão permitir omitir neste momento, e a sua conjuntura fazia adivinhar um cenário desta natureza.
JEB entrou no mundo dos grandes do futebol com pézinhos de lã, com medo de meter o pé. Ora, a sua conjuntura futura promete uma alteração profunda de procedimentos, e a ambiçao e força bruta que lhe vão faltando actualmente passarão a ser palavra de ordem. Ganhar, ganhar, ganhar. E, ganhando ou não, as vitórias ficarão mais próximas.
Resta, por fim, chamar a atenção para aquilo que é de conhecimento geral: a conjuntura ajuda mas é preciso trazer para o clube atletas de qualidade futebolistica e psicológica elevada. E, nesse aspecto, continuamos dependentes do que nos falta há muito: um departamento de prospecção que consiga aliar conjuntura com estrutura nos atletas e treinadores contratados.