domingo, junho 24

Oscar Cardozo (20 May 1983) - Época 2007/08

Todos nós temos um valor médio, um valor médio a fazer qualquer coisa, que oscila conjunturalmente. E depois temos o valor estrutural que oscila com o trabalho, ou falta dele, que se realiza durante as diversas fases conjunturais (sobretudo nas menos boas).
Quando Miccoli assinou pelo Benfica, já lá vão quase dois anos, torci o nariz porque a conjuntura do Italiano para a maioria dos 24 meses seguintes não indicava um rendimento médio qualitativamente elevado.
A ausência de títulos, as lesões consecutivas e alguns períodos de menor rendimento não enganam mas, no entanto, ninguem dúvida, hoje em dia, que se trata de um grandissimo jogador de futebol.
Não sei se é esse o caso de Oscar Cardozo, mas é um facto que a conjuntura não é extraordinária, nomeadamente na temporada 2007/08.
E começa logo em fins de Agosto a fase de dificuldades que, com alguns interregnos aqui e ali em que irá mostrar alguns pormenores interessantes, se estenderá por boa parte da época. Sintomas importantes serão os de frustração: quiçá resultado de falta de sorte na concretização; quiçá resultado do elevado potencial para lesões; quiçá fruto de resultados menos bons da equipa.
Os meses de Agosto (final), Setembro, Outubro e Novembro 2007, assim como Abril/Maio 2008, encabeçam os períodos de maior hipótese de se revelarem estas tensões e dificuldades. O desconhecimento da hora de nascimento do atleta impedem-me de especificar os momentos exactos de alguns bons períodos (uma vez que se tratam de aspectos planetários que exigem uma exactidão horarária maior que o normal), mas a hora média aponta para que estejam presentes durante a temporada que se aproxima.
Um aspecto engraçado do tipo de fase conjuntural que Cardozo enfrentará é que é típica de uma necessidade de restruturação. Ou seja, a conjuntura chega de modo a rectificar a estrutura (aquilo a que muita boa gente pode vir a chamar de período de adaptação).
Se assim fôr, que seja bem vinda. Resta saber se lhe darão nova oportunidade em 2008/09, já que alguns indicadores planetários sugerem a possíbilidade do Paraguaio rescindir contrato no fim da temporada 2007/08.
Uma vez que se trata de uma contratação dispendiosa não será uma decisão fácil de tomar e, uma que se gastou tanto dinheiro na aquisição do seu passe, o mínimo que se pode fazer é dar mais uma chance ao jogador em 2008/09, altura em que a críse conjuntural amainará.
Em suma, é uma aquisição que, pelo valor, e pela pressão que sobre o treinador recaírá para que coloque o atleta a títular, não constitui um grande sinal para a temporada benfiquista.
A rever quando fôr realizada a análise aos restantes integrantes do plantel benfiquista e seu treinador.
* Esta é uma previsão geral relativamente à temporada 2007/08 do atleta, pelo que, deve esperar-se pelo final da mesma de modo a fazer-se o balanço.

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quarta-feira, junho 20

Madrid campéon

A espectacular temporada do futebol Europeu terminou em apoteose em Espanha, coroando o Real Madrid como grande vencedor. Depois de Holanda e Portugal, foi a vez de nuestros hermanos terem o privilegio de viverem as emoções da incerteza quanto ao futuro campeão do país até quase ao ultimo minuto da ultima jornada.

Quanto a nós cabe-nos dar uma palavra sobre Fabio Capello, com uma conjuntura que em nada faria prevêr uma vitória tão retumbante e vingadora. A prova, mais uma, de que, por muito importante que seja a conjuntura de um treinador, jamais se pode deixar de fora as conjunturas dos restantes integrantes do plantel, nomeadamente dos seus jogadores nucleares.

Quanto ao barcelona uma referência importante relativamente ao estado conjuntural do seu meio campo: Deco, Iniesta e Xavi, títulares indiscutiveis e responsáveis por segurar a linha média Culé apresentavam conjunturas medonhas e aqui se percebe a importância da conjuntura de um jogador nuclear: ele é sempre titular, jogue bem ou mal, no caso do Barcelona porque, tambem, a ausencia de alternativas assim o ditou. À linha média se podem juntar outros casos, como o de Thuram e Valdés. Ou seja, não foi no ataque que o Barça perdeu, conjunturalmente, o título. O fim de ciclo dos Catalães concretizou-se, e Deco teve a sua pior temporada como profissional de equipa grande. Daqui a uns meses há mais.

domingo, junho 17

Manuel Fernandes: Todo Terreno 2009

O que mais me espanta em Manuel Fernandes não é que marque uns golos de vez em quando e faça umas boas exibições em equipas de segunda em Inglaterra. O que me surpreende é que consiga atravessar uma fase conjuntural-astrológica complicada mantendo-se à tona de água.

Que isto aconteça cria-me expectativas. Expectativas de que vamos ter um grande jogador em breve. Não me refiro às expectativas encenadas por jornais, que criam mitos mas cavam abismos. Refiro-me a expectativas conjunturais e a resultados concretos.

Não será em 2007/08 que o potencial de Manuel Fernandes se revelará em todo o seu esplendor. Terá algumas boas fases, é verdade, com uma melhoria significativa em relação às duas ultimas temporadas. Mas existem alguns obstáculos e dificuldades, alem de ataques ao seu ego durante 2007/08 que revelam estar ainda numa fase de estruturação e de cimentar aprendizagem.

Mas quando fôr tempo de balanço das época 2008/09 e 2009/10, é minha expectativa que Manuel Fernandes será uma das figuras, que ainda não é, de facto, do futebol nacional.

Sim, que ainda temos que esperar para ver, mas o tempo passa a correr e 2010 é já daqui a pouco.

Há um Todo Terreno na forja com conjuntura planetária a condizer.

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sexta-feira, junho 15

A mão que balança o copo

Quem decide se uma contratação é boa ou não? Quem tem a ultima palavra, que dúvidas totais dissipam? Quem faz o balanço e decide se o copo está para cima ou para baixo de meio quando, findada uma relação laboral entre um jogador e um clube, se fazem contas ao deve e ao haver?
Corria o ano de 2001 e o Sporting lançou mão de Jardel. Eu era então um astrologo que tentava subir a escada da produtividade, procurando ser o mais preciso possível nas minhas indicações qualitativo-temporais da produtividade dos atletas. Estava verdinho, é um facto, ou melhor, mais verdinho do que estou hoje em dia. Olhei de esguelha para o mapa de Mário Jardel e lancei a frase ao meu primo (o famoso): "epa isto vai ser um flop do caraças, que o gajo tem ali uns indicadores de derrota e descida de produtividade".
Um tipo de afirmação generalista deste género, sem indicar com precisão quando tais efeitos exteriores se viriam a produzir, pode acabar prematuramente com a carreira de alguem que pretende ter a veleidade de conseguir projectar condições de rendimento de jogadores de futebol.
Mas, tambem por ter sido proferida quando o foi, numa altura em que os meus conhecimentos de análise geral eram os únicos de que dispunha em contraponto aos fundamentais conhecimentos de analíse especifico-temporal*, deixando de lado a possibilidade de distinguir exactamente em que época se produziriam os factos relativos à previsão, a mea culpa tem de vir associada a um factor de exclusão de responsabilidade: a ignorância é a mãe de todos os erros, embora vos digam o contrário em qualquer tribunal que pisem.
Como é certo e sabido, a primeira temporada de Jardel em Alvalade foi magnifica. Golos a jorro, campeonato e taça de Portugal no bolso. Um sucesso tremendo.
A segunda temporada em Alvalade marcou o inicio do fim da carreira ao mais alto nível do mais extraordinário numero 9 que vi jogar em Portugal. Por entre imensas tropelias, o Sporting acabou por ter de se ver livre do jogador, vendendo ao desbarato o passe de um jogador que havia custado 6 milhões de euros um ano e picos antes.
Quem decide, peremptoriamente, se valeu a pena ter trazido jardel? Bom, eu não sou concerteza, e sei disso. Hoje sei-o bem. O meu trabalho resume-se a descrever condições conjunturais, e a procurar o meu balanço, nunca a julgá-las.
Mas, independentemente de em 2001 não estar preparado para efectuar uma análise mais precisa, a lição que me ficou, até porque o meu primo jamais me deixa esquecer essa previsão, é que os balanços são tantos quantas as cabeças que os procuram fazer.
* Os conhecimentos de analíse especifico-temporal continuam a ser um dos grandes problemas que se me deparam no trabalho que procuro efectuar. O óbice do desconhecimento da hora torna-se, a mais das vezes, inultrapassável, impedindo projecções mais fiáveis, ao que se juntam, como é evidente, os casos de azelhice e ignorância do astrologo. O caso de jardel é daqueles em que o desconhecimento da hora não atrapalhava nada.Mas como é costume dizer-se, à segunda-feira toda a gente acerta no totobola.

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Som

quinta-feira, junho 7

Bollati e Toranzo: diferenças

Olhando de esguelha para as conjunturas dos jogadores pretendidos por Sporting e Porto, desconfio que o mais certo é os mais fortes ficarem ainda mais fortes, e os menos fortes mais incapazes de dar o salto.
É essa a diferença de conjuntura entre Bolatti e Toranzo, ambos jovens e de nacionalidade Argentina, mas um (Bolatti) com o que é preciso, astrológicamente, para vencer e convencer durante, pelo menos, duas a três épocas (apesar do potencial para lesões), e o outro (Toranzo) com o que é preciso (conjunturalmente) para regressar à procedência em Dezembro 2007/Janeiro 2008, e com um resto de potencial que não convence como deveria convencer a conjuntura do integrante de um plantel candidato ao título.
E não é de estranhar. Bollati é um jovem de 20 anos, joga na 1ª divisão Argentina e foi considerado um dos dez melhores jogadores do torneio. Toranzo joga na 2ª divisão Argentina, "já" tem 25 anos e não vingou quando teve oportunidade de jogar num grande clube, tendo sido emprestado.
Quem vai às compras com os "putos" arrisca-se a comprar gato por gato, pois a lebre, todos o sabemos, custa mais caro. Se a isso juntarmos a falta de jeito crónico dos de Alvalade para encontrar pechinchas, temos o quadro pintado e a tenda montada.
Se é para comprar ou pedir emprestado conjunturas deste calibre, o melhor para a lagartagem é deixar-se estar e ir a jogo com os "putos"...da casa, como defendem muitos Sportinguistas. No dragão, Pinto da Costa definha mas não dorme: o futuro, com ele, está sempre em preparação. É por isso que os campeonatos vão quase sempre parar à Invicta.

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