SLB 2011/12
A grande força do Benfica 2011/12 não está no seu "11" inicial.
Apesar das boas conjunturas planetárias que o constituem, com a de Javi Garcia à cabeça, bem secundado por Garay, é no que resta de plantel que mais futuro encontramos.
Por exemplo, Miguel Vítor, para esta época, Matic, Nolito e Nélson Oliveira, para esta e para as vindouras, são conjunturas de presente e de futuro, e a constatação que o Benfica actual não joga apenas para ganhar o presente.
O garante da concretização deste futuro reside, no entanto, na conjuntura planetária do seu treinador. Jorge Jesus não chegou, ainda, ao topo da sua carreira, apesar de algumas dificuldades sentidas no final da presente temporada. E isto, mais do que tudo o resto, e apesar de tudo o resto, deve assustar os rivais encarnados.
Outras conjunturas merecem a nossa análise. As de Witsel e Gaitan não entusiasmam por aí além, mas daí não há-de vir mal ao mundo lampião, dadas as alternativas de que o plantel dispõe e o interesse que despertam além fronteiras.
Cardozo, com uma temporada díficil pela frente (e as próximas não serão mais fáceis), consegue, ainda assim, trazer potencial vencedor em algumas fases de 2011/12.
Saviola não deixou de ser um grande jogador, mas com a concorrência jovem e pujante que enfrenta as suas aparições serão residuais.
No fundo, e até levando em consideração as afirmações de Filipe Vieira a defender uma nova era de contenção financeira, o futuro deste Benfica passará pela transacção do passe de alguns atletas, capitalizando financeiramente, e pela aposta em jogadores que se encontram já no plantel, numa posição de segunda linha.
O projecto é bom, provavelmente o melhor projecto de plantel que o benfica teve nos últimos 20 anos.
Talvez por isso, o defeso do próximo verão seja tão decisivo: as aquisições feitas marcarão a tónica, ora seguindo a qualidade dos últimos anos, ora inflectindo para uma postura de facilitismo.