quinta-feira, dezembro 16

É um quarto por fávióri

O Jornal Espanhol "A Marca" noticia que a direção do Real Madrid começou a tirar crédito ao treinador Garcia Rémon, preparando-se para lhe exigir resultados, ao mesmo tempo que passará a ter Manager para o futebol do clube.
Garcia Remon não tem grandes hipóteses astrológicas. É daqueles casos lineares em que a agonia e a angústia (lembram-se do Del Neri?) aumentam paulatina e irremediávelmente, até á estocada final. Dolorosa e solitária.
E porquê? Na verdade, é tudo uma questão emocional. Que se traduz na incapacidade de lidar com quem realmente manda. O poder. Infelizmente, esta é a conjuntura de Rémon para 2005.
O poder em Madrid é especialista em fazer vitimas entre a classe dos treinadores. Primeiro Del Bosque. Que até ganhou o campeonato. Depois Queiróz. Que até lutou quase até ao fim por ele. O terceiro, Camacho, preferiu auto-imolar-se antes do barco afundar. E agora Rémon, o desconhecido, que aceitou tudo o que lhe puseram á frente, acabará por ser o mais fustigado deles todos. Por estranho que pareça, Queiróz, em comparação a todos os outros, será o menos beliscado pela utopia Madridista.
Florentino Perez, e o seu projecto de contratações, é claramente o responsável pelo abismo onde o Real se encontra. Qualquer dia vou tentar explicar as razões astrológicas, a nivel de politica de contratações, que justificam este salto em frente (como dizia o outro). Para já fica o motivo de tanta queda de treinador em Madrid: não pode mandar embora o Raúl, o Figo ou o Zidane.
Como diz o povo: "enquanto não caír um isto não vai lá". E vão três. O quarto é ao fundo do corredor, como quem vai, portanto, bira e corta.