A cadeirinha

A saída de Mourinho faz sentido. Começa a desenhar-se com a manutenção no plantel de duas estrelas que falharam rotundamente a temporada transacta. Essa foi a prova definitiva de que o técnico Português já não tinha mão na escolha de jogadores para o Chelsea.

Um grande condutor de homens, Mourinho sempre teve a ajuda de um outro dom: o de escolher os jogadores certos, no momento certo.

Para esta época, e como fomos adiantando por aqui, a politica de contratações falhou em toda a linha, com a manutenção de Ballack e Sheva, e as contratações de Malouda, Belleti, Pizarro e outros que tais (apesar do baixissimo rendimento revelado até aqui, e apesar tambem de ter indicadores de rescisão contratual no final da presente temporada, um dos jogadores cuja conjuntura evolutiva a 2 ou 3 anos me agradou foi a de Sidwell), e com a saída de Robben.

Perante este quadro, o "Special one" bateu com a porta ao aperceber-se do fraco potencial de vitória da sua equipa, deixando a criança nos braços de Abramovich, que ainda lhe vai pagar para o ver pelas costas.

Talvez um dia o Russo se aperceba do óbvio. Por agora, é deixá-lo assistir de cadeirinha à derrocada anunciada. Sem Mourinho este Chelsea não é candidato a nada.

Quanto a Mourinho mantem, tal como referimos por estas páginas há 3 ou 4 meses atrás, um potencial conjuntural de qualidade para esta e para a próxima temporada, com críses pontuais para ultrapassar.

Está aberto o leilão...