segunda-feira, setembro 29

SLB 2008/09:ponto da situação

O grande feito de Quique Flores até aqui foi "só" um: desmontar a estrutura base do "11" do SLB nos ultimos anos.

"Deixou" Petit saír; "encostou" Léo; remeteu Nuno Gomes a 3ª opção para o ataque; e beneficiou da expulsão de Luísão e da má forma de Katsouranis. Curiosamente, estas são as piores conjunturas planetárias do plantel encarnado para a presente temporada...
Estas mudanças serão colocadas à prova nos próximos meses. O que fará Quique quando Luísão voltar a estar disponível? Voltará a apostar em Léo? E Nuno Gomes irá constituír opção constante ou não passará de aposta residual? Katsouranis veio definitivamente "assumir" o lugar e afastará Amorim?
Acho que são estas mudanças que, demorando mais ou menos, permitirão ao Benfica afirmar-se como verdadeiro candidato, o que talvez só seja possivel na proxima temporada.
Porque, como o próprio afirma, "a máquina está pesada". O peso advem-lhe das resistências internas a um limpar definitivo das vacas sagradas do plantel do "11"títular e, por outro, é necessária a afirmação e consolidão da nova estrutura, o que passa por um período de adaptação dos novos jogadores a uma nova realidade.
Podia ter-se efectuado uma mudança mais radical, deixando "caír" Léo, Gomes e Katsouranis no defeso, como se fez com Petit, e vendendo o passe de Luísão.
Assim, terá que se ir fazendo a mudança em competição, deixando que se devalorizem passes, e criando problemas internos ao treinador, que terá de gerir um balneário "picado".
Inevitávelmente, esta mudança em competição estará na génese das críses planetárias benfiquistas anunciadas para as fases a que já fizemos referência: de meados de novembro a meados de Dezembro 2008; e de meados de Janeiro a meados de Fevereiro 2009 (ficando a fase que vai de meados de Fevereiro a meados de Março 2009 no limbo, mesclando períodos melhores e meno bons).
Mas fica tambem bem presente a boa imagem planetária para a fase final da temporada, nomeadamente os ultimos 2/3 meses, com os reforços a mostrarem a sua melhor conjuntura. Os casos de Aimar e Reyes, assim como os de Suazo e Amorim, dão bons indicadores. Falaremos mais sobre o assunto num outro momento. Não me agrada falar "bem" de uma equipa em alta, ainda que seja uma "alta" de plástico...

domingo, setembro 28

Constatações pós-derby

1. O estado de graça "Quiquiano" começou uns dias mais cedo que o previsto (Outubro). Ainda há tensão para o jogo com o Nápoles mas, depois da vitória de ontem, vai ser díficil colocar, para já, em causa a imagem do Espanhol. Segunda metade de Novembro e primeira de Dezembro 2008 e, principalmente, segunda metade de Janeiro e primeira de Fevereiro 2009, farão regressar à terra a nação lampiã.
2. Os resultados deste fim de semana têm repercussões no tempo: eles marcam, parcialmente, é verdade, mas marcam, uma imagem (planetária) semelhante à de final de temporada. Repito: parcialmente. E, ainda que parcialmente, esta vitória de Quique vale mais que os três pontos alcançados. Paralelamente, a derrota de Bento deixa pistas para dificuldades de fim de temporada. O mercado de Dezembro e o reforço do plantel leonino (extremos e alternativas a Rochemback, Moutinho e Veloso, precisam-se) podem definir para que lado o prato da balança vai caír.
3. Em termos puramente astrológicos, a conjuntura de Luísão para esta época é das mais fraquinhas de entre o plantel benfiquista. As fases conjunturais de críse que apontámos para o Benfica 2008/09 encaixam muito bem nas do Brasileiro. Ou seja, é por ali que anda a fraqueza encarnada.
4. Por falar em fraqueza, não se confirmou, ainda, a fase menos conseguida de Maxi Pereira. As próximas duas/três semanas, a começar já no jogo com o Nápoles, ficarão sob escrutínio em busca da perda de popularidade que a conjuntura do Uruguaio faz prevêr.
5. As prestações menos conseguidas de Djaló e Postiga na partida da Luz deixam aberta a porta da titularidade a Derlei e Liedson. E isso, para já, e até meados de Outubro, não é uma boa ideia. Ainda assim, a paragem do campeonato dará muito jeito a este Sporting, apesar de, até finais de Outubro, as dificuldades do meio campo leonino se amontoarem. Veloso, Rochemback e Moutinho em dificuldades, e em simultâneo, trará mais lenha para a fogueira de Bento.

sábado, setembro 27

Beautiful future

sexta-feira, setembro 26

Notas soltas sobre o derby

Os treinadores
Quique Flores - Encontra-se numa fase conjuntural mediana, ainda com focos de potenciais dificuldades, mas já aproximando Outubro, ao longo do qual melhorará a sua relação com os resultados. A melhor noticia que se lhe pode apontar para amanhã é que está mais perto de ter algum descanso, pelo menos por uns tempos, mas ainda terá pela frente o dificil (conjunturamente) desafio com o Nápoles.
Paulo Bento - Aproxima neste final de Setembro e inicios de Outubro uma fase de alguma contestação à sua liderança, que já teve uns ameaços com os jogos em Espanha e com o "caso Vukcevic". Para amanhã apresenta alguns indicadores de curto prazo a ajudar a este quadro, embora a primeira parte do jogo esteja mais protegida.
É um dos dados a seguir, os bons indicadores de muito curto prazo que treinador e alguns jogadores Sportinguistas apresentam para os primeiros 45 minutos da partida de amanhã. Não é, no entanto, um momento de grande brilho, e entre o jogo de amanhã e o jogo com o FCP daqui por uma semana, com sequência na paragem de Outubro, é provável que tenha de assumir alguma derrota pessoal. Um empate seria um bom resultado.
Os jogadores
Pontos fracos
Maxi Pereira - Se no jogo com o FCP, há umas semanas a esta parte, foi Katsouranis a fazer de patinho feio, para o derby com a lagartagem é o Uruguaio que assume potencial protagonismo negativo. Aliás, esta fase estende-se para o jogo seguinte, frente ao Nápoles, pelo que, é preciso ter cuidados extra com a faixa direita da defesa encarnada.
Léo - Preterido por Quique Flores no jogo frente ao Paços de Ferreira, a imprensa diária avança o regresso à titularidade do Brasileiro, mas a sua conjuntura planetária mantem-se "flat" durante, pelo menos, mais uma semaninha. Um Sporting sem extremos desaproveitará o "filão"das faixas laterais Benfiquistas.
Liedson - Está convocado e, não jogando de inicio, é um caso preocupante não só para o jogo de amanhã mas, sobretudo, para o da próxima semana com o FCP. Aliás, o mesmo se pode dizer de Derlei, o que não deixa boas expectativas para a linha avançada leonina nestes tempos próximos. Boa noticia a ausência por lesão de Izmailov, que se junta a Liedson e Derlei como as mais problemáticas conjunturas Sportinguistas para a fase que vai de fins de Setembro a meados de Outubro, com especial enfânse na primeira metade de Outubro.

sexta-feira, setembro 19

Cruzadas fora de época

Esta cruzada pessoal contra PB por parte daqueles que o ampararam durante as 3 épocas inteiras que usou para tirar o estágio de treinador sénior de futebol, está imbuída de um timing extraordinário.
Nao foi quando perdeu contra equipas menores que se rebelaram. Foi agora, depois de perder no Bernabeu e no Nou camp.
Pois eu vejo PB como o ponto forte deste Sporting 2008/09, e é nele que a equipa se deve apoiar. E confiar...Sem PB este Sporting, o de 2008/09, tornar-se-á em mais um Sporting, como tantos houve, à deriva.
Há sofrimento e questões estruturais para resolver, e jogadores como Moutinho, Izmailov, Veloso e Rochemback (o meio-campo, em suma) apresentam um mês de Outubro díficil, aos quais se podem acrescentar outros indicadores pouco brilhantes, mas menos duradouros, para o final de Setembro por parte de Izmailov, Rochemback e Derlei.
PB acompanha estes apontadores, e é de esperar um pouco mais de contestação à sua liderança, sobretudo no famigerado mês de Outubro.
Quanto ao FCP de Jesualdo, que ganhou bem ao Fenerbace, os indicadores de dificuldades mantêm-se activos o resto do mês de Setembro/inicios de Outubro, e depois por volta de meados/finais de Outubro voltam à carga.
Quanto ao Benfica de Quique mantem-se sem ganhar, e acumulou mais uma derrota em Itália. Como já referenciado, este final de mês para Quique Flores, e para não se ficar a rir dos adversários, traz um crescendo de contestação ao seu trabalho, com o gerir do grupo a tornar-se mais tenso.
Portanto, e até ver, os grandes, conjunturalmente, não encontram uma linha recta de continuidade exibicional.

sexta-feira, setembro 12

Há Liedson, mas...

O regresso de Liedson, apontado para o final deste mês, não vem em boa altura.
A conjuntura do "levezinho" revela mais derrotas e impopularidade que outra coisa qualquer no período que vai até meados de Outubro, o que não pode ser uma boa noticia para a equipa.
Com potencial planetário para fazer a diferença durante a presente temporada, será preferivel dar tempo ao tempo, e deixar que a poeira assente. Há Liedson para 2008/09 mas não para já.

quarta-feira, setembro 10

Com "Finésse"


A fina ironia que o destino nos reservou com o jogo desta noite, com os fantasmas das saídas de Ricardo aos cruzamentos e do "retranquismo" de Scolari (está um jornalista a perguntar a Queirós por que não "meteu" Bruno Alves na parte final do jogo; O mundo é tão engraçado), só é superada pelas sucessivas obras primas de Deco durante 85 minutos de jogo.
E o que destrói a confiança de um homem na Justiça divina é saber que serão sempre os "Queiróses" deste mundo a receber a Grã-Cruz da Ordem do Infante, e nunca os "Decos".
É tão bom ter "boa imprensa"...

sexta-feira, setembro 5

Paulo Bento (20 Jun 1969) - 2008/09: à quarta foi de vez


E à quarta temporada em Alvalade temos, enfim, uma análise conjuntural em condições de Paulo Bento.

Depois do “desta vez é que é” repetido por três épocas consecutivas, com um rendimento em decrescendo, e que culminou num 2007/08 penoso (maquilhado no seu ultimo mês, mas apenas isso) o actual treinador do seu Sporting deixa de ser apenas mais uma pedra na engrenagem, uma “Liability” para a equipa e clube, e transforma-se num dos seus pontos fortes, na conjuntura que alumia quem vem atrás de si.

O carácter decisivo da conjuntura de um treinador nos resultados e produtividade de uma equipa de futebol está para lá de comprovado (para nós, claro) e a de Paulo Bento apresenta duas características que são do meu agrado.

Por um lado, e ao contrário da temporada passada, os obstáculos estruturais inerentes à evolução pessoal e ao circunstancialismo em que se move PB são diminutos. E são-no ainda mais se comparados com os que afectam os seus principais colegas rivais, Jesualdo Ferreira e Quique Flores.

Este facto deve ser, e sê-lo-á, certamente, contabilizado como um ponto a favor deste Sporting 2008/09, sobretudo na caminhada pela luta do título de campeão nacional: menos problemas estruturais na conjuntura do treinador significam, normalmente, uma menor instabilidade nos resultados e menos situações de críse capazes de deslocar o foco energético no trabalho a desenvolver.

Por outro lado, há que levar em conta o potencial conquistador da conjuntura “Bentiana”. E também aqui as noticias são boas. Indícios de crescente popularidade, de capacidade vencedora associada e, simultaneamente, configurações reveladoras de que se encontrará no momento certo para transformar em frutos o trabalho desenvolvido até aqui.

Estes dados revestem-se de enorme pertinência porque não se chega a um clube como o Sporting caído de Pára-quedas e se é imediatamente coberto de glória.

Talvez olhando desta forma o percurso de Paulo Bento, no Sporting, enquanto treinador dos últimos 3 anos, se dê algum sentido ao facto de se ter entregue uma equipa de top no nosso panorama futebolístico a um treinador sem qualquer experiência. O estágio foi feito em competição e, agora, em 2008/09, é tempo de começar a colher resultados positivos dessa aposta.

Também aqui se pode encetar uma comparação entre o potencial vencedor de Bento e o dos seus rivais. E aqui, Jesualdo Ferreira é concorrência para o treinador Sportinguista, ao passo que QF, sem estar completamente depauperado de potencial vencedor, se encontra um pouco atrasado no pelotão.

Evidentemente que não se atravessa uma temporada inteira sem pequenas crises, e Paulo Bento não será excepção. Deixaremos, no entanto, essa análise a períodos específicos de menor espaço temporal para outra ocasião, quando conseguirmos “unificar” à de Paulo Bento as conjunturas dos seus comandados.

Para já fica a indicação de que o treinador Sportinguista é um dos pontos fortes do grupo para esta época e, esse, tem de ser considerado um dado bastante positivo, e uma novidade, para o Sporting 2008/09.

terça-feira, setembro 2

Quique Flores (5 Feb 1965) - Época 2008/09 - O Fardo da mudança


Um dia chegou à Luz um treinador jovem, bem parecido, a roupa moderna e de bom gosto a assentar-lhe como uma luva. Com um discurso ambicioso, virado para o futuro, para o virar de página de um gigante adormecido, entretanto esquecido de como se constroem vitórias.

Um tónus de vitalidade no rosto, a imagem de um treinador a querer reflectir uma atitude de reformar, reformular, mudar, de querer, ele próprio em busca da glória perdida em projectos antigos interrompidos bruscamente.

Todos, ele e Rui Costa, o real líder, o príncipe; ele e Vieira, o Presidente-fachada, com uma palavra na ponta da língua: Mudança.

E como, sem saber, plasmado tem na sua conjuntura para 2008/09, as palavras “mudança” e “fardo” unidas como gémeos siameses.

Com a temporada ainda no seu início, não tardará que cheguem novas de uma crescente irritação de QF, finalmente desembocando em intolerância, mau feitio, discussões estéreis e dificuldades de gerir o grupo e a relação com os directores. Um privilégio, entretanto sentido como um verdadeiro fardo. A começar a registar já em alguns jogos da segunda metade de Setembro 2008 e, depois, de meados de Novembro a meados de Dezembro 2008.

Quando não, às inseparáveis “Mudança” e “Fardo”, se juntará uma terceira palavra, para um “ménage” promíscuo: “Separação”. Isto porque as mudanças demorarão mais do que o previsto, e porque nem sempre serão mudanças no caminho desejado pelo jovem Espanhol.

Finais de Dezembro 2008 e primeira metade de Janeiro 2009 é um dos períodos mais recomendáveis para QF, onde irá conseguir gozar, livremente e de modo mais duradouro, os prazeres das vitória e da boa imprensa sem os escolhos dos fantasmas presentes. O mês de Outubro 2008 deixa, também ele, boas indicações.

Mas vários momentos durante 2008/09 prometem colocar em risco a posição de Quique, embora nenhuma como a que vai de finais de Janeiro a finais de Março 2009. Algumas dúvidas subsistem no meu consciente relativamente à segunda metade de Março, período mesclado por tendências planetárias conflituantes, umas a apontar para melhorias na popularidade do treinador, mas muitas outras revelando um potencial de rescisão de monta.

Quiçá, e dada a enormíssima flutuabilidade do mundo do futebol, tenhamos tempo para confirmar todas estas energias (entre finais de Janeiro e finais de Março 2009), quiçá nem por isso, mas estranho seria que o técnico não corresse real perigo (ou, da perspectiva dele, não estivesse “mortinho” por isso”) de finalizar abruptamente a sua ligação ao Benfica.

O que é certo é que o tónus de vitalidade de início de época será, então, um tempo já muito distante. A falta de vitalidade reinará como um fantasma, rebocando Quique a um estado de ambiguidade, incerteza, pouca claridade, e a uma susceptibilidade enorme a decepções, capaz de o isolar do mundo, do grupo de jogadores e dos directores do clube.

Abril 2009 traz consigo boas energias para que Quique Flores encontre oportunidades de melhorar a sua relação com a imprensa e, até, para realizar novos contratos ou alcançar acordos complicados mas, apesar de tudo, o final de temporada, se ainda se mantiver na Luz por essa altura, é marcada por um crise crescente, uma obstinação, uma dificuldade de adaptação e sempre, sempre, com o acento tónico em “Separação”.

Claro que esta é uma análise global à conjuntura 2008/09 do treinador do Benfica, um olhar de cima para a floresta e, por entre este olhar, muitas árvores ficam por contar, pelo que, nem só de “pauladas” vive Quique.

Por ser uma análise global, aqui fica o que mais me saltou à vista, com um sublinhado nas dificuldades monstruosas na implementação das reformas desejadas, e que se exigem, por Flores, e no potencial conflito entre este e a direcção do clube.

Procuraremos, durante a temporada, confirmar, corrigir, infirmar, adaptar, melhorar, explorar, a previsão que aqui fica, criando um nexo de ligação (imprescindível) com as conjunturas dos jogadores do plantel benfiquista.

segunda-feira, setembro 1