Oscar Cardozo (20 May 1983) - Época 2007/08
Todos nós temos um valor médio, um valor médio a fazer qualquer coisa, que oscila conjunturalmente. E depois temos o valor estrutural que oscila com o trabalho, ou falta dele, que se realiza durante as diversas fases conjunturais (sobretudo nas menos boas).
Quando Miccoli assinou pelo Benfica, já lá vão quase dois anos, torci o nariz porque a conjuntura do Italiano para a maioria dos 24 meses seguintes não indicava um rendimento médio qualitativamente elevado.
A ausência de títulos, as lesões consecutivas e alguns períodos de menor rendimento não enganam mas, no entanto, ninguem dúvida, hoje em dia, que se trata de um grandissimo jogador de futebol.
Não sei se é esse o caso de Oscar Cardozo, mas é um facto que a conjuntura não é extraordinária, nomeadamente na temporada 2007/08.
E começa logo em fins de Agosto a fase de dificuldades que, com alguns interregnos aqui e ali em que irá mostrar alguns pormenores interessantes, se estenderá por boa parte da época. Sintomas importantes serão os de frustração: quiçá resultado de falta de sorte na concretização; quiçá resultado do elevado potencial para lesões; quiçá fruto de resultados menos bons da equipa.
Os meses de Agosto (final), Setembro, Outubro e Novembro 2007, assim como Abril/Maio 2008, encabeçam os períodos de maior hipótese de se revelarem estas tensões e dificuldades. O desconhecimento da hora de nascimento do atleta impedem-me de especificar os momentos exactos de alguns bons períodos (uma vez que se tratam de aspectos planetários que exigem uma exactidão horarária maior que o normal), mas a hora média aponta para que estejam presentes durante a temporada que se aproxima.
Um aspecto engraçado do tipo de fase conjuntural que Cardozo enfrentará é que é típica de uma necessidade de restruturação. Ou seja, a conjuntura chega de modo a rectificar a estrutura (aquilo a que muita boa gente pode vir a chamar de período de adaptação).
Se assim fôr, que seja bem vinda. Resta saber se lhe darão nova oportunidade em 2008/09, já que alguns indicadores planetários sugerem a possíbilidade do Paraguaio rescindir contrato no fim da temporada 2007/08.
Uma vez que se trata de uma contratação dispendiosa não será uma decisão fácil de tomar e, uma que se gastou tanto dinheiro na aquisição do seu passe, o mínimo que se pode fazer é dar mais uma chance ao jogador em 2008/09, altura em que a críse conjuntural amainará.
Em suma, é uma aquisição que, pelo valor, e pela pressão que sobre o treinador recaírá para que coloque o atleta a títular, não constitui um grande sinal para a temporada benfiquista.
A rever quando fôr realizada a análise aos restantes integrantes do plantel benfiquista e seu treinador.
* Esta é uma previsão geral relativamente à temporada 2007/08 do atleta, pelo que, deve esperar-se pelo final da mesma de modo a fazer-se o balanço.
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