Ponto de ordem fundamental: a conjuntura planetária de Paulo Bento, por si só, não chega para termos indicadores consistentes de vitórias para a temporada 2006/07. Como repetimos frequentemente nas previsões para a época passada um indicador deste género não exclui uma temporada de qualidade de uma equipa. Por vários motivos mas, acima de tudo, porque não estamos a considerar os factores planetários na sua totalidade, dado o desconhecimento da hora de nascimento do treinador Sportinguista. Mas como, ainda assim, temos 80% do que precisamos, vamos então focar-nos neles e deixar os 20% restantes por conta divina.
O dado fundamental da temporada de Paulo Bento centra-se na conquista de poder e consequentes lutas por ele, e no potencial de rupturas em algumas fases da temporada. Setembro 2006 começa com aquilo a que chamo de buraco negro: as formações conjunturais de Paulo Bento não são clarissimas neste período, como o são no caso de vários dos seus jogadores, mas do que temos à vista o período de Setembro e parte de Outubro trazem mais do que uma situação de derrotas, tensão e potencial de despedimento. Trata-se de uma situação complicada porque a mesma conjuntura se repete no final do campeonato, por volta de 20 Maio 2007 e semanas imediatamente seguintes, embora com um quadro global mais agradável do que no inicio de época.
Daqui partimos para a face experimentalista da astrologia, na sua vertente não-fundamentalista e de matriz de análise à posteriori, através da comparação de micro padrões planetários que se repetem pelo menos duas vezes em momentos diversos, e na sua comparação e posterior integração na conjuntura global. O período fulcral encontrar-se-á retratado por volta de 9 a 12 Setembro 2006, e a sua repetição, parcial, centra-se em 20 Maio 2007 e semanas seguintes, momento de todas as decisões.
Esta comparação de conjunturas já no decorrer do período que se pretende antever, o tal período de 9 a 12 Setembro de 2006 para comparação com o período de 20 Maio 2007, não significando uma correspondência total entre eles, dado que se trata de uma micro configuração planetária a ser contextualizada na conjuntura global, terá, salvo melhor opinião e confirmação posterior, uma importância decisiva quanto aos resultados finais da temporada 2006/07 e trata-se do grande calcanhar de aquiles desta equipa do Sporting. Isto apesar da restante conjuntura de Paulo Bento, no período final da temporada, ser bem melhor do que a restante conjuntura global que apresenta em Setembro 2006, sem que nos possamos esquecer da renovação dos indicadores de rescisão contratual em Abril/Maio 2007.
Depois da crise de Setembro/Outubro, especialmente de Setembro, e de algumas recaídas a considerar em Outubro, Paulo Bento reequilibra-se e promete sobreviver a um despedimento prematuro. De finais de Outubro a meados de Novembro esta realidade promete instalar-se na antecâmara da melhor fase deste Sporting durante a temporada que se avizinha.
Apesar da segunda metade de Novembro poder reavivar velhos fantasmas, com alguns indicadores de recaídas, o treinador Sportinguista estará, então, já a viver uma fase conjuntural bem mais agradável, e a fazer lembrar os bons velhos tempos de finais de Janeiro e meses de Fevereiro e Março do ano de 2006. Dezembro 2006 (e, em parte, tambem Novembro 2006, com as reticências apontadas acima) é a fase em que a popularidade estará ao rubro e as vitórias moralizadoras aparecerão. Tratando-se da fase em que se decide a passagem, ou não, aos oitavos de final da CL, não poderia vir em melhor hora este vento favorável do timoneiro leonino. Espirito de grupo, liderança forte e sorte q.b são factores a esperar nesta fase.
Se a primeira metade de Janeiro 2007 ainda arrasta parte desta conjuntura favorável, a partir da segunda metade de Janeiro/mês de Fevereiro 2007 começa a “construír-se” nova crise, mais ou menos ruídosa que a primeira, mas certamente trazendo à liça feridas abertas e mal saradas em Setembro/Outubro 2006. Se queremos fazer nova comparação de conjunturas, podemos relembrar, parcialmente, o período marcado pela derrota em Alvalade com o FCP e que levou para longe de Alvalade o campeonato 2005/06.
É durante o mês de Fevereiro que se agudiza o mau feitio de Paulo Bento, marcado por um carácter irritável, lutas de poder (inclusive internas) e, como diz a canção, “uma vontade de ir, correr o mundo e partir”. Ou seja, rupturas na ordem do dia e algumas derrotas a servirem de charneira a esta conjuntura. A natureza errática do treinador Sportinguista e das suas decisões e a incapacidade de diagnosticar e resolver a contendo os problemas com superiores hierárquicos e grupo de trabalho podem ter como resultado um possivel abandono de Alvalade.
Por volta de 6 de Março 2007 (as datas apontadas para inflexão de conjunturas são datas aproximadas; pedimos desculpa por possiveis inexactidões mas a sua superação implicava um trabalho verdadeiramente gigantesco, que o tempo dísponivel para realização do presente trabalho não permite tornar possivel) a tempestade amaina, conclusão que se retira, por um lado, da melhoria da conjuntura de Paulo Bento e, por outro, da melhoria global da conjuntura dos jogadores Sportinguistas. E talvez aqui se possa ver a melhor face da ambição excessiva de Paulo Bento para a temporada 2006/07, transformando a ânsia de vitória num factor benigno e favorável. De esperar uma melhoria do poder de comunicação de Bento e tambem da capacidade de utilizar a Imprensa em seu favor.
Até 20 de Abril, melhor ou pior, as coisas prometem ir correndo nos carris, mas a partir daí novos indicadores de rescisão contratual surgem associados aos padrões planetários de Bento, “renascendo” a tal fase de inicio da temporada 2006/07. Procurando fugir de subjectivismos esperemos por Setembro 2006 e tiremos, então, conclusões mais firmes quanto à amplitude da crise “Bentiana” em finais de Abril/inicios de Maio 2007, embora considerando que a restante conjuntura global está bem mais agradável que em Setembro 2006, o que deixa esperanças numa resolução positiva dessa fase.
A temporada vai ser longa e, como já sucedeu a época passada, as rectificações, considerações adicionais e aditamentos a este trabalho serão necessários, quer do ponto de vista da previsão em si quer em termos pedagógicos. Esperemos que o tempo á nossa disposição nos permita mais evolução e melhoria no trabalho que vos procuramos oferecer.